O dirigente norte-coreano Kim Jong-Un afirmou que Pyongyang não ficará de braços cruzados "com cães raivosos latindo" sobre derrubar seu sistema socialista, em uma aparente resposta a comentários do presidente americano, Barack Obama, para quem o regime de Pyongyang está condenado ao fracasso.
Kim fez as declarações ao supervisionar manobras conjuntas da Marinha e da Aeronáutica norte-coreanas, que simularam um ataque contra um porta-aviões americano na Coreia do Sul, segundo a agência de notícias oficial norte-coreana (KCNA).
A agência não divulgou detalhes ou a data das simulações de guerra, mas aparentemente aconteceram na sexta-feira.
"Solenemente declarou que (a Coreia do Norte) não ficará com os braços cruzados com os cães raivosos que latem abertamente que vão provocar a queda (do regime), introduzindo ;mudanças; no sistema socialista, um berço que nosso povo considera mais caro que a própria vida", completa a KCNA.
Leia mais notícias em Mundo
[SAIBAMAIS]Kim afirmou ainda que a Coreia do Norte está disposta a enfrentar "qualquer tipo guerra, seja com Forças Armadas convencionais ou uma guerra nuclear".
Em uma entrevista divulgada no YouTube, realizada na Casa Branca em 22 de janeiro, Obama mencionou a eventual queda do regime norte-coreano, que chamou de "a mais isolada, mais sancionada e hermética nação de toda a Terra".
Na semana passada, um porta-voz da diplomacia de Pyongyang chamou as declarações de "bobagens".
"As recentes observações delirantes de Obama são apenas pobres grunhidos de um ;loser; (perdedor) encurralado em seu desafio em todas as frentes que o opõem a Coreia do Norte", disse a fonte.
A Coreia do Norte habitualmente divulga declarações grandiloquentes sobre os Estados Unidos e seus governantes.
Recentemente chegaram a divulgar declarações racistas, quando chamaram Obama de "macaco" por estimular, na opinião do regime stalinista, a exibição do polêmico filme "A Entrevista", uma comédia que mostra um complô fictício para matar o dirigente norte-coreano. O país ameaçou com um "golpe demolidor irreparável".
O estúdio Sony foi vítima de ataques de hackers. Washington acusa Pyongyang de ter planejado o ataque virtual, o que a Coreia do Norte nega.