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EUA não descartam armar Ucrânia no combate a rebeldes pró-russos

"Nós nos reservamos o direito de revistar toda a gama de opções", afirma porta-voz do Departamento de Estado

Agência France-Presse
postado em 02/02/2015 20:21
Os Estados Unidos não descartam fornecer armas à Ucrânia para combater os separatistas pró-russos, mas ainda não tomou uma decisão a respeito, informou nesta segunda-feira a diplomacia americana.

"Nenhuma opção está sobre a mesa, (mas) nenhuma está excluída. Uma discussão está em curso", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, em coletiva de imprensa. A diplomata respondeu assim ao ser consultada sobre um artigo publicado no jornal The New York Times (NYT), no qual afirmou que Washington e a Otan estudam enviar equipamentos de defesa ao exército de Kiev para ajudar a neutralizar os rebeldes supostamente armados por Moscou.

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"Continuamos vendo qual é a melhor forma de apoiar a Ucrânia. Nosso objetivo é obter uma solução pela via diplomática. Examinamos outras opções que poderiam abrir o caminho a uma solução negociada para a crise", acrescentou Psaki. Ela recusou-se a desmentir ou confirmar o artigo do NYT, reiterando que "nenhuma decisão foi tomada".

"Nós nos reservamos o direito de revistar toda a gama de opções", acrescentou, de forma prudente, repetindo o mesmo argumento proposto por Washington sobre armar ou não a oposição na Síria. Com base em fontes anônimas do governo americano, o NYT indicou que o presidente Barack Obama ainda não tomou uma decisão sobre o envio de "ajuda letal" a Kiev.

Os Estados Unidos acusam a Rússia de armar os rebeldes, apesar da negação de Moscou e limita-se a dar a Kiev uma ajuda militar "não letal" como coletes à prova de bala, equipamentos médicos e radares.

"Eu penso que ninguém quer uma guerra de poder com a Rússia. Não é o objetivo. Nosso objetivo é mudar o comportamento da Rússia. É por isso que aplicamos as sanções", explicou Psaki.

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