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Condenado pelo 11/09 diz que realeza saudita apoiou Al-Qaeda

Moussaoui disse que já levou duas vezes cartas manuscritas pelo líder da Al-Qaeda para alto escalões sauditas

Agência France-Presse
postado em 04/02/2015 18:49
O cidadão francês Zacarias Moussaoui, apelidado de o "vigésimo sequestrador", fez a denúncia em documentos judiciais apresentados em um tribunal federal de Nova York por advogados das vítimas dos ataques, que acusam a Arábia Saudita de apoiar a Al-Qaeda.

Moussaoui disse ter criado uma base de dados digital com os doadores da Al-Qaeda, incluindo membros da família real, como o príncipe Turki al Faisal, ex-chefe da inteligência saudita e o príncipe Bandar bin Sultan, embaixador da Arábia Saudita nos Estados Unidos por 22 anos, até 2005.

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Moussaoui revelou ter conhecido no Afeganistão um oficial da embaixada saudita em Washington para discutir os planos de ataque aos Estados Unidos, e que ele deveria encontrá-lo novamente em Washington para ajudá-lo a derrubar o Air Force One.

Ele também afirmou que havia ligações diretas entre os altos oficiais sauditas e Osama bin Laden, e que levou duas vezes cartas manuscritas pelo líder da Al-Qaeda para alto escalões sauditas, incluindo o príncipe Turki.

A embaixada saudita em Washington negou as acusações. "O ataque de 11 de Setembro é o crime mais investigado na história e não foi apontado qualquer envolvimento do governo ou das autoridades sauditas", anunciou a embaixada em comunicado.

Moussaoui, condenado criminalmente em 2006, declarou-se culpado de participar da organização do maior atentado da história dos Estados Unidos e se encontra em uma prisão de segurança máxima no Colorado. Nas 127 páginas transcritas, Moussaoui disse que o dinheiro doado pela família real foi fundamental para a Al-Qaeda no final dos anos 1990.

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