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Boko Haram mata 12 de 20 reféns sequestrados no Camarões

Todas vítimas eram do sexo masculino. Quatro mulheres foram libertadas no mesmo dia

Agência France-Presse
postado em 09/02/2015 18:22
O grupo armado islamita nigeriano Boko Haram matou 12 dos 20 reféns sequestrados no domingo em um ônibus no norte do Camarões, informaram nesta segunda-feira (09/02) fontes coincidentes à AFP.

"O Boko Haram sequestrou 20 pessoas no domingo e mataram 12" delas, contou, por telefone, o encarregado de uma ONG local, Mey Ali. "Minha mulher estava entre as pessoas sequestradas. Ela e quatro mulheres foram libertadas [pouco depois do sequestro]. Eles mataram 12 homens", confirmou um morador da região, que pediu para ter sua identidade preservada.

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"Soubemos que três outras mulheres que [os islamistas] levaram para a Nigéria também foram postas em liberdade" em seguida. O que eleva o número de pessoas libertadas a oito, acrescentou. Segundo uma fonte de segurança na região, os passageiros estavam a bordo de um ônibus quando os "terroristas armados do Boko Haram" o interceptaram.

"O ônibus vinha de Koza e se dirigia a Mora", duas cidades do extremo norte, situadas perto da fronteira com a Nigéria, revelou a fonte de segurança, acrescentando que o grupo islamita sequestra habitualmente "cidadãos simples" nesta região, que são libertados após a negociação do resgate com as famílias ou assassinados.

Há meses, o Boko Haram multiplica seus ataques contra alvos civis e militares no norte do Camarões, onde 50 militares camaroneses já perderam a vida desde o início destes ataques, em julho. O exército do Chade lançou em 3 de fevereiro uma grande ofensiva terrestre na Nigéria, proveniente do Camarões, e conseguiu tomar dos islamitas a cidade nigeriana de Gamboru.

O grupo islamita respondeu um dia depois com um ataque contra a cidade camaronesa de Fotokol, próxima a Gamboru, que as forças armadas chadianas e camaronesas repeliram. No total, morreram 81 civis, 13 militares chadianos e seis soldados camaroneses, segundo o ministro camaronês da Defesa, embora outras fontes falem de um balanço mais elevado entre os civis.

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