O número de milionários no mundo chegou a 211 mil em 2014, segundo levantamento da agência Wealth-X, em parceria com a Sotheby;s International Royalty, lançada em fevereiro com informações sobre o mercado imobiliário dos mais ricos.
Cada milionário tem, em média, 2,7 propriedades, avaliadas em US$ 13 milhões (R$ 35 milhões).
O estudo refere-se a pessoas Ultra-high-net-worth (UHNW), uma categoria de milionários com U$ 30 milhões (R$ 81 milhões) ou mais em bens, R$ 10 milhões a mais que o Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Pará, segundo dados do IBGE do final de 2012.
No último ano, houve um crescimento de 6% desta população, sendo a América do Norte a região campeã, com mais de 74 mil pessoas. Em seguida, aparece a Europa e a Ásia, com 61 mil e 46 mil, respectivamente. A América Latina e o Caribe entram juntos na quarta região com maior número de UHNW no mundo, mas sua população é menos da metade do terceiro lugar, com 14,8 mil pessoas. Somada, a riqueza dos milionários latino-americanos chega a U$ 2,25 bilhões. O Brasil é o país da região com maior número de UHNW, são 4,2 mil pessoas, segundo relatório. Os milionários estão concentrados em São Paulo (1.885), Rio de Janeiro (1.810) e Belo Horizonte (220).
Segundo as pesquisas, os Estados Unidos são o destino favorito dessas pessoas ao procurar uma segunda propriedade. Elas tendem a ter uma primeira casa em lugares favoráveis a seus negócios, mas a segunda é normalmente associada a hobbies ou férias, e costuma ser 45% mais cara que a primeira.
O relatório também faz um recorte por gênero: a compra de imóveis é mais importante para mulheres do que para homens. Segundo o relatório, as propriedades delas constumam valer 10% mais do que as dos homens. O público feminino também prefere mercados de pouco risco, e mantém suas propriedades por mais tempo. Cerca de 16% da fortuna destas mulheres vêm de suas propriedades.
Nova York, Londres, Hong Kong, Los Angeles e São Francisco são as cidades mais visadas na compra de imóveis. Nova York tem o maior número de UHNW do mundo, onde a média da faixa etária é de 60 anos e 40% deles vêm do mercado financeiro e de investimentos.
O estudo também aponta "mercados do futuro". Segundo as agências, nas últimas décadas observou-se o crescimento de cidades emergentes, como Hong Kong, Cingapura e Dubai. Em toda a América Latina, eles apontaram tendência de desenvolvimento urbano somente no sudeste brasileiro.