Agência France-Presse
postado em 10/02/2015 18:16
O governo dos Estados Unidos criou um novo centro de inteligência cibernética, que integrará as informações sobre ameaças a redes de computação consideradas chave, informou um alto funcionário americano, na terça-feira (10/02).A nova entidade "será um centro nacional de inteligência contra as ameaças cibernéticas", que permitirá compartilhar informação entre as diversas agências estatais envolvidas para que estas possam agir o mais rapidamente possível, antecipou o funcionário, que pediu para ter sua identidade preservada, pouco antes do anúncio oficial.
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Os detalhes sobre o Centro de Integração de Ameaças à Inteligência Cibernética serão anunciados nesta terça-feira por Lisa Monaco, assessora especial de segurança nacional do presidente Barack Obama.
Sua missão será similar à do Centro Nacional contra o Terrorismo: integrar informação sobre ameaças cibernéticas estrangeiras e assegurar que os centros governamentais dos Estados Unidos, responsáveis pela segurança cibernética, tenham acesso à inteligência e às ferramentas necessárias para enfrentar as ameaças.
O novo centro "reforçará nosso estado de alerta, melhorará nossos indicadores e unificará os esforços em matéria cibernética do governo dos Estados Unidos", explicou o alto funcionário.
A nova entidade "assegurará que os indicadores de atividade maliciosa sejam diminuídos aos menores níveis possíveis para reduzir os lapsos nos fluxos de informação entre os centros de inteligência, inclusive aqueles do setor privado".
O governo Obama adota esta ação com o objetivo de melhorar o sistema de defesa cibernético depois do ataque maciço à Sony Pictures e outras atividades de ciber-pirataria que afetaram bilhões de americanos.
Funcionários dos Estados Unidos apontam a Coreia do Norte como responsável pela sabotagem da Sony e alguns analistas acreditam que outros ataques estão ligados à China ou à Rússia.
Obama lançou um novo esforço para persuadir o Congresso para que aprove uma legislação que incentive uma melhor cooperação entre governo e setor privado, um esforço paralisado desde sua primeira proposta, em 2011.
Esforços anteriores para fortalecer a legislação sobre segurança cibernética foram interrompidos pela ação de grupos civis que temiam uma presença governamental muito forte e por grupos conservadores que temiam que levasse a um maior aparato burocrático.