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Insurgentes separatistas ucranianos lançam foguetes contra quartel militar

Eles cercam a cidade estratégica e controlam região de porto

postado em 11/02/2015 06:10

Familiares choram diante de corpo de vítima de ataque com foguetes em Kramatorsk, a 70km de DonetskNa véspera de um encontro em Minsk (Belarus), durante o qual Kiev, Moscou, Berlim e Paris vão discutir uma proposta de cessar-fogo para o leste ucraniano, ao menos 20 pessoas morreram em confrontos entre forças do Exército da Ucrânia e insurgentes separatistas pró-Rússia. O principal quartel militar na região, na cidade de Kramatorsk, a 70km de Donetsk, foi atingido por foguetes, em mais uma demonstração da indisposição dos rebeldes para conversas de paz. Autoridades informaram que áreas residenciais foram atingidas e que ao menos sete civis morreram, enquanto 36 pessoas ficaram feridas.

Petro Poroshenko, presidente da Ucrânia, interrompeu uma sessão parlamentar para anunciar o ataque dos separatistas, que nas últimas semanas conquistaram vitórias simbólicas contra Kiev. Há poucos dias, rebeldes conquistaram a cidade de Vuhlehirsk, próxima a Debaltseve, localidade estratégica entre as capitais separatistas de Donetsk e Lugansk. Eles anunciaram ter cercado as forças governamentais na cidade, mas negaram ter atirado contra Kramatorsk. Representantes militares defenderam que tropas permanecem em Debaltseve e que a mesma continua sob controle do Estado.

Apoiados pelas conquistas recentes, líderes separatistas rejeitaram planos de cessar-fogo e propostas de paz que reduziriam sua influência no leste. Um rebelde citado pela agência Reuters confirmou a posição dos insurgentes. ;Nós somos absolutamente contra isso. Eles terão tempo para se reagrupar. Nós os pegamos;, disse, referindo-se ao cerco a Debaltseve. Apesar da dificuldade de enfrentar os rebeldes, Kiev lançou uma contra-ofensiva para defender Mariupol, sede de um estratégico porto no Mar de Azov, junto à fronteira com a Rússia. Autoridades informaram que três cidades a leste do porto foram retomadas pelo Exército. Os rebeldes pró-Moscou controlam as regiões a norte e a leste de Mariupol, enquanto a Rússia mantém presença na Península da Crimeia. Um avanço separatista sobre a cidade portuária garantiria ligação direta entre a Crimeia e a Rússia, além do controle do Mar de Azov.

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