Mundo

Justiça belga condena jihadista filho de brasileira a 5 anos de prisão

Brian, 21 anos, viajou para a Síria em 2013 para se alistar nas fileiras do EI

postado em 11/02/2015 10:54


Um tribunal de Antuérpia, condenou, nesta quarta-feira (11/2), o jovem belga de origem brasileira Brian De Mulder, a cinco anos de prisão por envolvimento com um grupo jihadista. O nome dele e de mais 44 membros compõem parte de uma organização radical salafista Sharia4Belgium, que levou dezenas de jovens muçulmanos do país ao Oriente Médio. O filho da brasileira Ozana Rodrigues uniu-se às fileiras do Estado Islâmico (EI) com o pseudônimo de Abu Qassem Brazili (;Abu Qassem Brasileiro;, em livre tradução).

[SAIBAMAIS]Brian, 21 anos, viajou para a Síria em 2013 para se alistar nas fileiras do EI. Ele deve ser julgado à revelia, já que o seu paradeiro é desconhecido. Em entrevista à agência de notícias Reuters, Ozana contou que chora todos os dias pela situação do filho. O jovem se converteu ao islamismo depois de ter sido dispensado de um time de futebol europeu, aos 17 anos. Ozana acredita que a decepção profissional levou o rapaz ao extremismo.



Ela relatou à Reuters que Brian comunicou o desejo de trabalhar com caridade na Síria e argumentou que existiam muitas oportunidades na Bélgica. ;Ele disse não querer porque todas as pessoas aqui são infiéis;, lembrou. Ozana chegou a se mudar de Antuérpia para o interior, mas Brian manteve contato com os radicais e partiu sem aviso. ;Fui ao quarto dele e vi que ele tinha ido embora. Eles levaram meu filho.;

A brasileira contou à agência que perdeu o emprego devido ao estigma de ser mãe de alguém envolvido com uma organização terrorista. Após os ataques à sede da revista francesa Charlie Hebdo, a Antuérpia entrou em alerta para ações terroristas. A Bélgica supera os vizinhos europeus no número de combatentes que são enviados para lutar com o EI e a rede Al-Qaeda ; cerca de 350 do total de 11 milhões de belgas deixaram o país para se unir a jihadistas no Oriente Médio.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação