Agência France-Presse
postado em 11/02/2015 16:02
Vladimir Putin, Petro Poroshenko, François Hollande e Angela Merkel chegaram nesta quarta-feira (11/02) em Minsk, onde acontece uma cúpula "de última oportunidade" para por fim ao conflito no leste da Ucrânia.A violência tem se intensificado na região, com 48 mortos nas últimas 24 horas, entre soldados, rebeldes e civis. Os presidentes ucraniano e francês e a chefe do governo alemão decidiram reunir-se brevemente antes de se encontrarem com o presidente russo, o qual consideram responsável pelo conflito na Ucrânia.
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Poroshenko advertiu que poderá "introduzir a lei marcial na Ucrânia" se as negociações na capital bielorrussa não conseguirem deter a guerra com os separatistas pró-russos. A lei marcial implicaria uma grave escalada na crise, liberando recursos militares para a batalha no leste, mas também obrigaria a Ucrânia a dispensar investimentos estrangeiros, entre eles um empréstimo vital proveniente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O dirigente pró-Ocidente afirmou que a Ucrânia, a França e a Alemanha vão falar com uma só voz na cúpula de paz em Minsk e vão pedir um cessar-fogo incondicional. "A prioridade é um cessar-fogo sem condições prévias", insistiu.
Os separatistas pró-russos negociaram nesta terça-feira à tarde na capital bielorrussa com os emissários de Kiev, com a presença de representantes da Rússia e da OSCE, ainda que não se conheça a natureza exata de suas exigências para por fim ao conflito, que já deixou mais de 5.300 mortos. Segundo o emissário da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, "ainda é muito cedo para falar de um cessar-fogo".
Berlim considera um encontro apenas um "raio de esperança" cujo resultado é "incerto", segundo o porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel. A chefe da diplomacia da UE, Federiga Mogherini, assegurou à AFP em Estrasburg que a cúpula de Misk desta quarta-feira será "um momento decisivo, para o melhor e para o pior".
Ambas partes intensificaram os ataques nas últimas semanas e especialmente nos últimos dias, como o objetivo de monopolizar território e chegar em uma posição de força na mesa de negociações.
Foram 48 mortos nas últimas 24 horas no leste do país, incluindo 16 na cidade de Kramatorsk, onde se encontra o Estado Maior do governo ucraniano, e 11 pessoas no bastião rebelde de Donetsk.