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Policial de Nova York é processado por homicídio culposo de jovem negro

Agência France-Presse
postado em 11/02/2015 19:58
Protestantes pedindo justiça em frente ao departamento de polícia de Nova York, em dezembro de 2014
Um policial de Nova York ficou detido após ser processado por um juri popular pela morte de um jovem negro, uma decisão que ocorreu dois meses depois dos violentos protestos nos Estados Unidos pela exoneração de oficiais brancos que mataram afro-americanos. O promotor do Brooklyn (sudeste), Ken Thompson, confirmou nesta quarta-feira o que tinha sido adiantado na véspera por meios de comunicação locais sobre o processo do oficial Peter Liang pela morte de Akai Gurley, de 28 anos, nas escadarias escuras de um conjunto habitacional deste bairro no último 20 de novembro.

O policial foi acusado de seis crimes, entre eles homicídio culposo e agressão, dos quais se declarou inocente, informou Thompson em uma coletiva de imprensa. Liang ficou detido esta manhã depois de se apresentar em uma delegacia de Nova York e à tarde foi levado aos tribunais do Brooklyn, onde foi lido o processo. Poderá ser condenado até 15 anos de prisão.

"Não acreditamos que o oficial Liang tinha a intenção de matar Gurley. Mas tinha seu dedo no gatilho e disparou a arma", afirmou o promotor.

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A decisão ocorre dois meses depois de jurados populares exonerarem oficiais brancos que mataram cidadãos negros, um em Missouri (centro-sul) e outro em Nova York, provocando uma onda de protestos em todo o país por discriminação racial da polícia.

Aka Gurley não estava armado quando foi morto por um disparo do oficial novato asiático-americano e no dia seguinte do ocorrido o chefe da polícia de Nova York, Bill Bratton, admitiu que a vítima era totalmente inocente.

O caso teve até agora um perfil mais baixo que o dos precedentes, no final de 2014.

No dia 24 de novembro, um jurado resolveu não acusar um policial branco pela morte de Michael Brown, um jovem negro de 18 anos morto em Ferguson (Missouri, centro) em um confuso episódio no agosto passado, o que impulsionou violentos protestos.

Em Nova York, o caso que incitou a ira foi a exoneração do policial branco Daniel Pantaleo, acusado da morte de Eric Garner, um homem negro de 43 anos, durante uma violenta prisão no julho passado.

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