Agência France-Presse
postado em 13/02/2015 18:46
Washington - Extremistas do grupo Estado Islâmico tomaram a cidade iraquiana de Al Baghdadi, a oeste de Bagdá, e próxima a uma base aérea onde militares americanos treinam forças iraquianas, informou o Pentágono nesta sexta-feira.A extensa base de Al Assad chegou ser atacada nesta sexta-feira por militantes do Estado Islâmico, mas soldados iraquianos repeliram o ataque, do qual participaram homens-bomba, informaram autoridades americanas e iraquianas.
"Nós estimamos que agora mesmo eles [os ;jihadistas;] tenham o controle de Al Baghdadi", disse o porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby, durante coletiva de imprensa, acrescentando que os extremistas tomaram o controle da cidade "nos últimos dias".
A cidade fica na província Anbar e a alguns quilômetros da base aérea de Al Assad, onde cerca de 300 fuzileiros navais americanos que estão para auxiliar as tropas do governo.
Segundo Kirby, um grupo de 20 a 25 combatentes do EI, vestindo uniformes militares iraquianos, atacaram a base. Todos os militantes foram mortos ou morreram com a detonação das bombas levadas pelos suicidas.
Leia mais notícias em Mundo
Ainda de acordo com porta-voz do Pentágono, "em nenhum momento havia soldados americanos perto do local" do ataque. Kirby disse que a tomada de Al Baghdadi, uma das poucas cidades que permaneciam sob o controle do governo de Bagdá, não representou um revés representativo nos esforços de guerra gerais.
"Pode ser a primeira vez em pelo menos dois meses, se não mais, que eles [os extremistas do Estado Islâmico] tiveram algum sucesso em avançar no terreno", disse Kirby.
"Sendo assim, consideramos que este é um inimigo que ainda assume uma posição defensiva", prosseguiu. "É uma cidade, não toda Anbar. Não é todo o Iraque", acrescentou. "Precisamos ter isso em perspectiva", concluiu.
Nesta sexta-feira, o Estado Islâmico afirmou controlar grandes áreas de Al Baghdadi, às margens do rio Eufrates, a noroeste de Bagdá. Mas as forças de segurança iraquianas desmentiram o anúncio, assegurando que a maior parte da cidade permanecia sob seu controle.
Um avião de vigilância americana que seguia os extremistas deu assistência às forças iraquianas e helicópteros de ataque Apache foram enviados à região, mas não abriram fogo, disseram as autoridades.
Aviões da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizaram cinco ataques aéreos na região durante as últimas 24 horas, a 15 km da base de Assad, mas não estavam relacionados com a breve troca de tiros com os militantes do EI, informaram as autoridades.
"Não houve aeronaves envolvidas na resposta a este ataque", afirmou Kirby, ressaltando que "as forças de segurança iraquianas se ocuparam sozinhas" de conter a incursão.
Segundo miltiares americanos, levará certo tempo antes de as tropas iraquianas serem treinadas e estarem prontas para lançar uma contra-ofensiva importante na província de Anbar, onde boa parte da população sunita ficou alienada da liderança xiita de Bagdá.