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Cinco menores detidos por profanar cemitério judeu na França

Segundo ele, também foi danificado um monumento em memória das vítimas da deportação, que se encontra na entrada do cemitério

Agência France-Presse
postado em 16/02/2015 14:15
Saverne, França - Cinco menores foram detidos para interrogatório dentro de uma investigação sobre a profanação de um cemitério judeu em Sarre-Union (Alsácia, nordeste da França), anunciou nesta segunda-feira o promotor de Saverne, Philippe Vannier.

Os detidos, com idades entre 15 e 17 anos, são todos originários da região e sem antecedentes judiciais, informou o promotor, explicando que um deles se apresentou espontaneamente à polícia para confessar que participou dos fatos, e entregou o nome dos outros.

O promotor disse que 250 túmulos foram danificados. "A maioria dos danos são lápides derrubados ou colunas arrancadas. Algumas sepulturas foram abertas, sem que se atentasse contra os defuntos", afirmou.

Segundo ele, também foi danificado um monumento em memória das vítimas da deportação, que se encontra na entrada do cemitério.

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Os atos de vandalismo foram cometidos na quinta-feira passada. A profanação do cemitério judeu de Sarre-Union, depois dos ataques de que foi vítima a comunidade judia em Copenhague no fim de semana e em Paris há um mês, desatou uma onda de condenações na França.

Trata-se do ato mais grave desde a profana;cão por skinheads de um cemitério judeu em Carpentras (sul), em 1990.

O presidente francês François Hollande, por sua vez, afirmou que os judeus têm seu lugar na Europa e, particularmente, na França, em resposta ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que pediu que os judeus europeus imigrem para Israel. "Não deixarei que palavras pronunciadas em Israel deixem pensar que os judeus não têm seu lugar na Europa e na França", afirmou.

No domingo, Netanyahu pediu aos judeus europeus que imigrem para Israel depois do atentado contra a principal sinagoga de Copenhague que deixou um morto. "Novamente um judeu europeu perdeu a vida por ser judeu e este tipo de atentado se repetirá", advertiu Netanyahu.

Ele assegurou que seu país "preparado para acolher uma imigração em massa procedente da Europa". Os judeus da Dinamarca, no entanto. agradeceram ao convite, mas rejeitaram a oferta de imigrar para Israel.

"Estamos muito agradecidos pela amabilidade do senhor Netanyahu, mas, dito isto, somos dinamarqueses - somos judeus dinamarqueses - e não é o terror que nos fará ir para Israel", declarou à AFP Jeppe Juhl, porta-voz da comunidade judia da Dinamarca.

Um jovem judeu perdeu a vida no lado de fora da sinagoga de Krystalgade, a mais importante da idade de Copenhague, supostamente vítima do mesmo homem que mais cedo havia atacado um centro cultural onde era realizado um debate sobre Islã e liberdade de expressão, matando outro homem.

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