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Argentina denuncia ações de inteligência internacional em morte de promotor

Nisman e os líderes da comunidade judaica consideraram que Teerã não é confiável neste tipo de acordo

Agência France-Presse
postado em 17/02/2015 17:59
Os Estados Unidos, acompanhados de outras cinco potências ocidentais, mantêm conversações para evitar que o Irã desenvolva armas nucleares. Em 2013, a Argentina assinou um acordo com o Irã para levar os ex-governantes suspeitos perante uma comissão investigadora internacional, diante da paralisia de duas décadas do caso AMIA, mas o promotor Nisman e os líderes da numerosa representação judaica se opuseram de forma enérgica.

[SAIBAMAIS]Nisman e os líderes da comunidade judaica consideraram que Teerã não é confiável neste tipo de acordo. Em 14 de janeiro passado, Nisman acusou Kirchner de acobertar os funcionários iraquianos em troca de petróleo, embora o óleo bruto iraniano seja inutilizável nas refinarias argentinas.

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"A Argentina não tem nenhum interesse estratégico no Oriente Médio", disse Timerman. Nisman afirmou, ainda, em sua acusação a Kirchner, que a Argentina pediu para suspender os pedidos de captura internacional dos iranianos, mas a Interpol o desmentiu, ao afirmar que só um juiz pode fazer um pedido semelhante. Também nesta terça-feira, o presidente boliviano, Evo Morales, saiu em defesa da colega argentina, ao afirmar que ela é alvo de um "golpe judicial".

"O que está acontecendo na Argentina? Depois de uma tentativa de agressão econômica, mediante os chamados ;fundos abutres; (fundos especulativos), agora vem um golpe judicial", disse Morales durante transmissão de um programa de rádio em que atuou como locutor na região cocalera de Chapare (centro), onde teve origem sua vida política.

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