Agência France-Presse
postado em 17/02/2015 18:42
Os governos dos principais países europeus e dos Estados Unidos apontaram a necessidade de uma solução política para a Líbia, em uma declaração conjunta divulgada nesta terça-feira em Roma. "O assassinato brutal de 21 cidadãos egípcios na Líbia por terroristas ligados ao Estado Islâmico (EI) volta a mostrar a necessidade urgente de uma solução política para o conflito", indica a declaração, assinada por Estados Unidos, Espanha, França, Grã-Bretanha, Alemanha e Itália.[SAIBAMAIS]A formação de um governo de união nacional, que as potências ocidentais dizem estar prontas para apoiar, "constitui a maior esperança para os líbios", segundo a declaração. O texto acrescenta que o representante especial do secretário-geral da ONU na Líbia, Bernardino Leon, convocará nos próximos dias uma série de reuniões para chegar à formação deste governo de união nacional.
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Aqueles que não participarem do processo irão se excluir "da solução política para a Líbia", assinala a declaração. "Quatro anos depois da revolução" que levou à queda do coronel Muamar Khadafi, "não será permitido àqueles que tentarem impedir o processo político e a transição democrática da Líbia condenar o país ao caos e ao extremismo", indica o texto, que não cita uma eventual ameaça de intervenção militar caso o processo não tenha êxito.
A Itália, diretamente posicionada na linha de frente contra a Líbia, já havia buscado mobilizar a ONU e seus aliados europeus para tentar estabilizar sua ex-colônia, uma vez que teme a criação de um "califado" do outro lado do Mediterrâneo.