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Mesmo com adiamento, execução de brasileiro na Indonésia está mantida

Em declaração à imprensa, Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país, disse ontem que Rodrigo não seria executado enquanto houvesse dúvida sobre sua saúde psiquiátrica

postado em 18/02/2015 08:27
A Indonésia adiou a execução do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte e de mais sete presos condenados por tráfico de drogas, prevista originalmente para este mês. Autoridades do país informaram que o cumprimento da sentença será mantido, mas que a data foi remarcada devido a problemas nos preparativos do sistema penal.

Em declaração à imprensa, Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país, disse ontem que Rodrigo não seria executado enquanto houvesse dúvida sobre sua saúde psiquiátrica

Rodrigo, de 42 anos, está preso desde 2004 e foi condenado à morte após entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surf. A família do brasileiro tenta impedir a execução e solicita a transferência de Rodrigo para um hospital psiquiátrico. Recentemente, um médico do governo indonésio confirmou um diagnóstico de esquizofrenia.

[SAIBAMAIS]Em declaração à imprensa, Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país, disse ontem que Rodrigo não seria executado enquanto houvesse dúvida sobre sua saúde psiquiátrica. ;Recebemos cartas do diretor da prisão, Nusa Kambagan, sobre um detento que apresenta indicações de doença mental. Ele já pediu para o escritório do procurador-geral para que o senhor Gularte seja examinado fora da prisão, uma vez que as instalações da penitenciária são limitadas;, disse ele. ;Nós temos de ter certeza de que ele está completamente recuperado, antes de proceder à execução;, completou.



Spontana informou que a nova data ainda não foi marcada. ;Eu não sei quanto tempo levará para finalizar os preparativos, mas posso garantir que as execuções não acontecerão neste mês, a menos que tenhamos novidades extraordinárias.;

No mês passado, a Indonésia executou o carioca Marco Archer Cardoso, 53, causando comoção e polêemica no Brasil. Archer, também condenado por tráfico, foi o primeiro brasileiro condenado à morte por uma decisão judicial no exterior. A presidente Dilma Rousseff, que intercedeu pela vida de ambos, disse ter ficado ;consternada e indignada; com a execução e alertou que a decisão da Indonésia de cumprir a sentença ;afeta gravemente; as relações entre os dois países.

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