Agência France-Presse
postado em 19/02/2015 20:21
Os governos de Estados Unidos e Turquia firmaram nesta quinta-feira um acordo para treinar e equipar os rebeldes sírios, informou Ancara, dois dias depois de ambos os países anunciarem um pacto preliminar."Turquia e Estados Unidos firmaram um acordo para treinar e equipar as forças rebeldes sírias", disse à imprensa o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu.
Um porta-voz da embaixada confirmou que o acordo foi firmado em Ancara pelo subsecretário de Relações Exteriores turco, Feridun Sinirlioglu, e pelo embaixador dos Estados Unidos, John Bass.
O anúncio põe fim a meses de difíceis negociações entre os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre como treinar os rebeldes sírios e sobre em quais inimigos se concentrar.
País bastante crítico do presidente sírio, Bashar al-Assad, a Turquia quer que as facções moderadas dos rebeldes sejam treinadas para combater o regime de Damasco e os jihadistas do Estado Islâmico (EI), que dominam grandes extensões de território entre a Síria e o Iraque.
O califado declarado pelo EI atinge a fronteira com a Turquia, no norte da Síria.
Já Washington, que já participa de bombardeios contra posições do Estado Islâmico na Síria, quer treinar as forças rebeldes para combater os jihadistas.
O governo norte-americano espera que o programa possa começar a ser aplicado no final de março. Com isso, as forças rebeldes treinadas poderão entrar em operação até o final do ano.
A meta é treinar cerca de cinco mil homens no primeiro ano do programa.
Nesta semana, O Departamento de Estado americano já havia anunciado que Estados Unidos e Turquia alcançaram um acordo preliminar, acrescentando que os detalhes finais ainda precisavam ser concluídos.
Depois de meses de negociações entre os dois aliados, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jennifer Psaki, declarou na terça-feira que "a Turquia aceitou ser um dos anfitriões regionais do programa ;Formação e Equipamento; para as forças da oposição moderada síria".
Em janeiro, o Pentágono havia anunciado o envio, em breve, de centenas de militares americanos para treinar rebeldes sírios.