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Santos celebra nomeação de enviado dos EUA a processo de paz na Colômbia

Para o presidente colombiano, o anúncio representa "uma amostra do reconhecimento dos avanços e da forma como conduzimos o processo"

Agência France-Presse
postado em 20/02/2015 18:39
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, comemorou nesta sexta-feira (20/02) a nomeação do diplomata americano veterano Bernie Aronson como enviado especial de Washington nas negociações de paz com a guerrilha das Farc, celebradas há dois anos em Cuba.

"Celebro este anúncio porque reafirma o compromisso dos Estados Unidos com o processo de paz, tal como expressaram várias vezes o presidente (Barack) Obama e vários membros de seu gabinete", disse Santos em um comunicado.

No texto, divulgado momentos depois de o secretário de Estado americano, John Kerry, anunciar a nomeação de Aronson, o presidente colombiano afirmou que isto constitui "uma amostra do reconhecimento dos avanços e da forma como conduzimos o processo" de paz.

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Sobre Aronson, Santos disse que ele "tem uma profunda experiência sobre a América Latina" e lembrou que, como "secretário-adjunto de Estado, acompanhou as negociações de El Salvador, por parte do governo dos Estados Unidos, com um grande compromisso com a promoção da paz e da democracia".

"Seu papel será de apoio ao processo, o que não significa sua participação direta na mesa de negociações", esclareceu o presidente colombiano, reiterando seu agradecimento a Washington pelo apoio "neste momento decisivo" para por um fim a um conflito armado de mais de meio século.

Grande aliado dos Estados Unidos na região, a Colômbia, grande aliada dos Estados Unidos na região, vive um conflito interno do qual participaram guerrilhas, paramilitares, forças militares e gangues de narcotraficantes, e que deixaram mais de 220 mil mortos e 5,3 milhões de deslocados, segundo dados oficiais.

O governo de Santos celebra diálogos de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), principal guerrilha do país com 8.000 combatentes, desde novembro de 2012, em Cuba, e até o momento chegaram a acordos parciais sobre a reforma agrária, participação política dos guerrilheiros desmobilizados e drogas ilícitas. Ainda resta definir a indenização das vítimas - atualmente em discussão -, a deposição de armas e o mecanismo de referendamento dos acordos.

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