postado em 20/02/2015 20:40
Milhares de venezuelanos protestaram nesta sexta-feira (20/2) contra a detenção arbitrária do prefeito de Caracas, o opositor Antonio Ledezma. O representante foi detido suspeito de tramar um golpe de Estado e ameaçar paz, segundo o governo venezuelano. A pisão chamou a atenção pela truculência com que o prefeito foi arrastado, do gabinete aos corredores da prefeitura, nessa quinta-feira (19/2). "O senhor Ledezma, que foi detido por ordem da Procuradoria, deve ser processado pela Justiça venezuelana para que responda por todos os crimes cometidos contra a paz do país, a segurança e a Constituição", afirmou Maduro.
O presidente reiterou sua denúncia lançada há alguns dias de que a oposição estaria armando, com apoio dos Estados Unidos, uma tentativa de golpe contra seu governo. Como prova, Maduro citou um documento assinado por Ledezma, pelo também líder opositor Leopoldo López e por María Corina Machado, destituída do cargo de deputada em 2014. Denominado "Acordo Nacional para a Transição", o texto teria sido divulgado pela imprensa local em 11 de fevereiro passado, apresentando uma série de propostas políticas e econômicas.
Os Estados Unidos estão "profundamente preocupados" com a escalada de intimidação contra opositores venezuelanos, afirmou nesta sexta-feira a subsecretária de Estado para América Latina, Roberta Jacobson, no dia seguinte à prisão do prefeito de Caracas.
"Estamos profundamente preocupados com o que parece ser a uma escalada de intimidação da oposição por parte do gov. da #Venezuela", escreveu Jacobson. A alta funcionária pediu, além disso, que os demais presos políticos sejam libertados.