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Estado Islâmico tenta vender corpos de soldados curdos mortos em combate

Com dificuldades de contrabandear petróleo e antiguidades roubadas, o grupo se vê forçado a encontrar novas formas de financiamento

Agência France-Presse
postado em 21/02/2015 17:50
O grupo Estado Islâmico (EI), que busca novas fontes de financiamento, tenta vender às forças curdas os corpos de seus soldados mortos em combate, noticiou o jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung (FAS), publicado no domingo.

O EI tem sido muito afetado pela ofensiva da coalizão internacional, que apoia os soldados curdos no norte do Iraque e da Síria, onde os bombardeios destruíram várias infraestruturas, explica o jornal.

Estas destruições dificultam o contrabando de petróleo e de antiguidades roubadas pelo grupo jihadista que, privado de sua renda, e se vê forçado a encontrar novas formas de financiamento.

O jornal conservador, que citou "fontes de segurança", publica em sua edição de domingo que o EI está querendo vender aos curdos os corpos de seus soldados mortos entre "10 mil e 20 mil dólares".

No entanto, "parece pouco provável" que o Estado Islâmico entre diretamente no tráfico de órgãos, pois o grupo não tem a infraestrutura, nem as competências médica, técnica e logística necessárias, disse o FAS.

O grupo jihadista reduziu em dois terços o soldo que paga a seus combatentes e, segundo estimativas de especialistas, só obteria entre "10 e 20 dólares" por barril de petróleo vendido, escreveu o jornal.

Em meados de fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU adotou, por unanimidade, uma resolução que pretende asfixiar os grupos jihadistas como o EI ou a Frente al Nusra, braço sírio da Al Qaeda, que obtém milhões de dólares com o petróleo, o tráfico de antiguidades e o pagamento de resgates.



O texto lembra, em particular, aos Estados a obrigação de evitar qualquer transação petroleira direta ou indireta com o EI e congelar seus ativos financeiros. O Conselho pede, ainda, que se informe à ONU sobre qualquer requisição de petróleo bruto ou refinado procedente de zonas nas mãos dos jihadistas na Síria e no Iraque.

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