Mundo

Presidente de organização climática da ONU é acusado de assédio sexual

Uma pesquisadora de 29 anos acusa Rajendra Pachauri, de 74 anos, "de assédio sexual"

Agência France-Presse
postado em 22/02/2015 17:39
Uma pesquisadora de 29 anos acusa Rajendra Pachauri, de 74 anos, O presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o indiano Rajendra Pachauri, afastou-se provisoriamente de seus compromissos oficiais, após a abertura de uma investigação por assédio sexual contra ele em seu país, poucos meses antes da conferência de Paris sobre o clima.

Pachauri não presidirá na próxima sessão plenária deste grupo de especialistas das Nações Unidas sobre o clima em Nairóbi, devido a "assuntos que exigem sua atenção", informou o IPCC no sábado, em um comunicado breve.

Uma pesquisadora de 29 anos do centro de estudos The Energy and Resources Institute acusa Pachauri, de 74 anos, "de assédio sexual", declarou à AFP o porta-voz da polícia de Nova Délhi, Rajan Bhagat, destacando que a mulher apresentou uma denúncia "há uma semana" e que "uma investigação está em curso".

A demandante acusa o climatologista de enviar e-mails e mensagens por SMS, mas Pachauri desmente estas acusações, alegando que seu e-mail e celular foram ;hackeados;.

Leia mais notícias em Mundo

O presidente do IPCC se apresentará esta segunda-feira a um tribunal de Nova Délhi para evitar ter a prisão preventiva decretada e conseguir ser libertado sob fiança.

[SAIBAMAIS]Os problemas judiciais ocorrem no pior momento, em um ano crucial para as negociações mundiais sobre o clima, que concluirá com a conferência internacional de Paris, em dezembro.

A reunião na capital francesa visa a fechar o acordo mais ambicioso já assinado para combater contra o aquecimento global, um pacto universal que sucederá o Protocolo de Kyoto após 2020.

Os especialistas do IPCC, que elaboraram cinco informes sobre as mudanças climáticas desde a sua criação, em 1988, terão um papel-chave nas negociações, em um momento em que a comunidade internacional não consegue entrar em acordo sobre o balanço da situação e as medidas a adotar.

Seu último informe, publicado em outubro de 2014, propõe diferentes cenários possíveis. O mais pessimista prevê uma elevação global das temperaturas no final do século XXI de 3,7;C a 4,8;C com relação ao período 1850-1900.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação