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Rússia acusa os Estados Unidos de levar 'caos' ao Oriente Médio

Lavrov expôs sua crítica à política de Washington durante um debate especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Agência France-Presse
postado em 23/02/2015 15:55
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, acusou nesta segunda-feira os Estados Unidos de mergulhar o Oriente Médio no caos e alimentar o surgimento de extremistas em sua tentativa de dominar o mundo.

Lavrov expôs sua crítica à política de Washington durante um debate especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a manutenção da paz e a segurança internacionais.

O chanceler citou os ataques aéreos na Síria, liderados pela pelos Estados Unidos, a invasão do Iraque em 2003 e a intervenção militar na Líbia em 2011, como exemplos de "violações dos princípios fundamentais das Nações Unidas".

"Tudo isso é resultado de tentativas para dominar os assuntos globais, de governar o mundo, em todos os lugares, de usar o poder militar unilateralmente para promover seus próprios interesses", declarou Lavrov ao Conselho de 15 membros.

"Isto mergulhou o Oriente Médio e o Norte da África na instabilidade e no caos e, em grande medida, tem sido um terreno fértil onde extremistas crescem", acrescentou.

Rússia e Estados Unidos têm estado em desacordo sobre a guerra na Síria, com o apoio de Moscou ao presidente Bashar Al-Assad e opondo-se aos ataques aéreos americanos contra alvos da organização Estado Islâmico.

A Rússia acusou repetidamente os Estados Unidos e seus aliados ocidentais de arquitetar a queda do líder ucraniano Viktor Yanukovych, inclinado em relação a Moscou, o que provocou a revolta separatista na Crimeia e no leste da Ucrânia.



"Nós realmente queremos ver o Conselho de Segurança como um instrumento eficaz para a paz e segurança, ou estamos transformando em um espaço de confrontação e propaganda?", questionou Lavrov.

Ele deu estas declarações no mesmo momento em que a Ucrânia acusava os rebeldes pró-russos de concentrar forças perto da cidade portuária de Mariupol, apesar do cessar fogo alcançado entre Ucrânia, Rússia, França e Alemanha.

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