Agência France-Presse
postado em 23/02/2015 16:07
O diretor da escola onde estudavam as adolescentes britânicas que podem ter fugido de casa para se unir ao grupo Estado Islâmico (EI) disse nesta segunda-feira que "não há evidências" de que as jovens tenham se radicalizado dentro da instituição.Mark Keary informou que a polícia estava investigando as estudantes da Bethnal Green Academy e o entorno da escola.
"Estamos consternados e muito tristes pelas notícias de que três dos nossas estudantes foram reportadas como desaparecidas de suas casas", disse Mark Keary à imprensa.
As três amigas - Kadiza Sultana, de 16 anos; Shamima Begum e Amira Abase, ambas de 15 - fugiram de suas casas, em Londres, na semana passada, desatando temores de que tivessem viajado a Istambul com o objetivo de passar para a Síria a se unir aos jihadistas do EI.
As três estudantes eram amigas de outra jovem que viajou para a Síria em dezembro, supostamente para se casar com um combatente do grupo extremista.
"Está claro que há um problema internacional que está se agravando e que afeta as escolas de todo o país", acrescentou Keary.
A polícia lançou um apelo às adolescentes para que voltem para suas casas com suas famílias e o caso desatou um debate sobre a atuação dos serviços de segurança no país.
Neste domingo, alguém que usou uma conta do Twitter em nome de Shamima Begum contatou Aqsa Mahmud, uma mulher de Glasgow que viajou no ano passado para a Síria para se casar com um combatente do EI.
Segundo especialistas, cerca de 500 mulheres podem ter viajado de países ocidentais para a Síria e o Iraque para aderir ao EI, grupo jihadista que ocupa extensos territórios nos dois países.