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Ministros europeus reúmem-se em Paris para debate sobre conflito na Ucrânia

Participam da reunião representantes da Rússia, Ucrânia e Alemanha. Russos são acusados de fornecer armas e tropas aos separatistas

Agência France-Presse
postado em 24/02/2015 09:23
Soldado ucraniano fala ao telefone em base militar próxima à fronteira

Paris -
Os ministros das Relações Exteriores de Rússia, Ucrânia e Alemanha se reuniram nesta terça-feira (24/2) em Paris com seu colega francês, Laurent Fabius, para tentar contribuir para acalmar o conflito ucraniano.

O alemão Frank-Walter Steinmeier foi o primeiro a chegar à chancelaria francesa, seguido pelo russo Serguei Lavrov e pelo ucraniano Pavlo Klimkin. Esta reunião é realizada enquanto prosseguem os ataques das forças separatistas pró-russas perto do porto estratégico de Mariupol.

Um diplomata ucraniano indicou à AFP que "os russos não queriam esta reunião". Mas "para nós é importante manter a pressão política" do Ocidente sobre Moscou, acrescentou. A reunião foi anunciada na sexta-feira (20/2) pelos presidentes de França e Alemanha, François Hollande e Angela Merkel.

Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar os separatistas fornecendo a eles armas e tropas, enquanto Moscou nega qualquer envolvimento em um conflito que deixou mais de 5.700 mortos em 10 meses.



Também nesta terça-feira, o chefe da igreja grega católica ucraniana mostrou-se a favor de que o Papa exerça uma mediação para a paz na Ucrânia e "escreva uma carta aos presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Petro Poroshenko", informou a Rádio Vaticano. O arcebispo de Kiev, monsenhor Svjatoslav Shevchuk, à frente da igreja grega católica (também chamada uniata), que apoia o governo ucraniano na guerra com os separatistas pró-russos, estimou que o papa Francisco "é um homem de ação que fala pouco, mas age".

Na semana passada, os bispos ucranianos foram recebidos pelo Papa, que os convocou a trabalhar pela reconciliação e aliviar os dramas da guerra, mas sem promover uma ação política. "Em nível nacional, têm o direito de manifestar suas ideias sobre o destino do país. Não para promover uma ação política concreta, mas para reafirmar valores que constituem um elemento de união da sociedade ucraniana", disse o Papa.

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