postado em 25/02/2015 06:03
;Mataram meu irmão.; Erick Roa, 22 anos, começou a gritar às 11h30 de ontem (13h em Brasília), assim que soube da tragédia pela rede social Instagram. Em San Cristóbal, capital do estado de Táchira, o estudante Kluiverth Ferney Roa Núñez, 14 anos, tinha acabado de receber um disparo na cabeça. ;Eu estava em casa, quando peguei o celular e vi fotos dos protestos na Universidade Católica de Táchira (Ucat). Ao ler o nome de Kluiverth no Instagram, quase enfartei e minha mãe se descontrolou. Telefonei para meu pai e ele não sabia de nada. Ligamos para o meu tio e ele confirmou;, contou ao Correio, por telefone.Leia mais notícias em Mundo
Segundo Erick, Kluiverth caminhava pela rua quando se deparou com a Polícia Nacional Bolivariana (PNB), próximo ao câmpus da Ucat. ;Os agentes passaram a atirar e a maltratá-lo. Foi então que executaram meu irmão;, desabafou. ;Era uma criança que gostava de manter a mente ocupada e de estudar.; Preso, o policial Javier Mora Ortiz, 23 anos, seria denunciado ontem por assassinato pelo Ministério Público. A morte de Kluiverth ocorreu cinco dias depois da prisão de Antonio Ledezma ; acusado de conspirar para derrubar o presidente Nicolás Maduro, o prefeito de Caracas está na penitenciária de Ramo Verde, a 30km de Caracas.
A União Europeia (UE) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressaram preocupação com o cenário na Venezuela. Por meio de um comunicado, a UE advertiu que ;a recente detenção do prefeito de Caracas e veterano líder da oposição (;) é fonte de alarme, assim como as informações sobre supostas intimidações e maus-tratos de outros líderes da oposição e de estudantes detidos;. A CIDH recordou aMaduro ;sua obrigação de garantir a vida, a integridade e a segurança de todas as pessoas privadas de liberdade;. O Itamaraty divulgou novo comunicado, no qual exorta a ajuda à Venezuela, no marco constitucional, a desenvolver condições para que o país retome o desenvolvimento econômico e social em um clima de paz e de concórdia. No Congresso Nacional, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) propôs que uma comissão parlamentar visite o país para verificar a situação in loco. ;A posição conivente e silenciosa do Brasil com tudo isso é inaceitável e vergonhosa;, declarou Neves, de acordo com a Agência Senado. Por sua vez, o Partido dos Trabalhadores (PT) publicou nota na qual ;reafirma seu repúdio a quaisquer planos de golpe contra o governo legitimamente eleito de Nicolás Maduro;.
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