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Venezuela: OEA lamenta morte de jovem e pede diálogo para deter violência

O líder do organismo regional condenou a violência "venha de onde vier" e advertiu que o conflito não poderá diminuir sem um diálogo entre as autoridades governamentais

Agência France-Presse
postado em 25/02/2015 16:44
Washington, Estados Unidos - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, lamentou nesta quarta-feira a morte de um adolescente na Venezuela, e reiterou o chamado ao diálogo entre governo e oposição para deter a violência.

Insulza "lamentou profundamente" a morte de Kluiverth Ferney Roa Núñez, de 14 anos, e elogiou a "rápida ação" dos órgãos de justiça da Venezuela, que acusaram nesta quarta-feira um policial de homicídio doloso qualificado.

O líder do organismo regional condenou a violência "venha de onde vier" e advertiu que o conflito não poderá diminuir sem um diálogo entre as autoridades governamentais e líderes opositores."Enquanto não forem dados os passos necessários para iniciar um diálogo inclusivo que conduza à reconciliação dos venezuelanos, outros cidadãos inocentes podem ser vítimas desta violência", afirmou Insulza.

Para isso, chamou "mais uma vez, ao governo e a oposição a criar as condições para gerar um espaço democrático no qual esse diálogo inclusivo seja possível".

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Na terça-feira, enquanto um grupo de estudantes entravam em confronto com policiais perto de uma universidade de San Cristóbal após uma manifestação, Kluiverth Roa, de 14 anos e estudante de um colégio que ficava nos arredores, morreu após ser atingido por um tiro na cabeça.

O policial federal acusado foi identificado como Javier Mora Ortiz, de 23 anos. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, lamentou a morte do adolescente e a classificou como "fato inverossímil".

San Cristóbal, que faz fronteira com a Colômbia, foi berço dos protestos antigovernamentais que sacudiram a Venezuela de fevereiro a maio de 2014 com um saldo de 43 mortos.

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