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Ameaça do Estado Islâmico contra patrimônio arqueológico causa revolta

Em poucas horas, as comparações com a destruição em 2001 pelo Talibã dos Budas de Bamiyan, no Afeganistão, aumentaram, bem como os apelos para proteger o patrimônio

Agência France-Presse
postado em 27/02/2015 13:10
O vídeo mostrando jihadistas destruindo fanaticamente esculturas assírias pré-islâmicas em um museu no Iraque provocou um clamor público e aumentou os temores de que outros tesouros de um dos patrimônios mais antigos do mundo estejam em perigo.

A marteladas, o membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI) destruíram em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque sob seu controle desde junho de 2014, tesouros arqueológicos, incluindo um enorme touro alado assírio da porta de Nergal, cujo gêmeo está em exibição em Londres.

Em poucas horas, as comparações com a destruição em 2001 pelo Talibã dos Budas de Bamiyan, no Afeganistão, aumentaram, bem como os apelos para proteger o patrimônio.

"Este ataque é mais do que uma tragédia cultural, é também uma questão de segurança porque alimenta a intolerância, o extremismo violento e o conflito no Iraque", criticou a presidente da Unesco, Irina Bokova, logo após a divulgação na quinta-feira do vídeo do EI, convocando uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU.

O presidente francês, François Hollande, denunciou uma "barbárie", acusando os jihadistas de querer "destruir tudo o que é a humanidade."

Já o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, chamou de "crime contra o patrimônio da Humanidade" a "bárbara agressão contra o patrimônio do povo iraquiano".

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