Jornal Correio Braziliense

Mundo

Guantánamo: ex-presos falam sobre a vida em liberdade no Uruguai

Abdelhadi é um dos seis prisioneiros libertados pelos Estados Unidos e acolhidos pelo governo uruguaio como refugiados. %u201CNem consigo acreditar que estou aqui%u201D, diz



Ourgui esteve no Brasil por algumas horas. Foi durante uma recente excursão a Chuí, uma cidade uruguaia na fronteira. ;Cruzamos a rua para o Brasil, mas não fomos longe ; ainda assim deu para perceber que [a vida no] Brasil é mais barata que no Uruguai;, disse.

Ter como se sustentar é o que preocupa Ourgi agora. ;Durante 13 anos, eu só pensava em sair de Guantánamo ; agora, tenho que me preocupar com a comida, a roupa, as contas, em um país caro;. Ele gostaria de trabalhar de cozinheiro ; e quem sabe, no futuro, abrir um restaurante árabe. ;Mas não é tão fácil quanto parece ; 90 dias são pouco tempo para se acostumar à liberdade, se recuperar de Guantánamo e buscar emprego;, disse. ;Mas não podemos ficar sem trabalhar, porque recebemos 15 mil pesos uruguaios (R$ 1,700), o que é pouco em relação ao custo de vida uruguaio;, disse. Se tudo der certo, Ourgi quer trazer ao Uruguai a mãe ; que não vê ha 25 anos.