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Porto cubano de Mariel aprova os primeiros investimentos estrangeiros

Construído com créditos concedidos pelo Brasil, o porto terá um grande enclave industrial, que em condições de zona franca produzirá para o mercado cubano e para o exterior

Agência France-Presse
postado em 06/03/2015 14:10
Havana - O porto cubano de Mariel, inaugurado há um ano pelos presidentes Raúl Castro e Dilma Rousseff, aprovou seus dois primeiros projetos de investimento estrangeiro e estuda "centenas" de solicitações, segundo informaram altos diretores da agência regulatória do porto.

"Já foram aprovados dois negócios, das centenas de propostas apresentadas por empresários estrangeiros desde novembro de 2013", disse Yanet Vázquez, diretora adjunta da agência regulatória do porto, citada pela revista Cubacontemporánea.

"Mas por um princípio de confidencialidade e proteção aos negociadores, a oficina só tornará pública esta informação quando as empresas estiverem registradas oficialmente", acrescentou.

A revista Oncubamagazine.com informou nesta semana citando um comunicado da chancelaria mexicana que a companhia Richmeat S.A de México foi a primeira autorizada a investir em uma fábrica na região portuária, a 45km a oeste de Havana.

Construído com créditos concedidos pelo Brasil, o porto terá um grande enclave industrial, que em condições de zona franca produzirá para o mercado cubano e para o exterior.

Vázquez disse que "nos projetos que estão em negociação, os setores mais representados são a indústria, as atividades logísticas e as energias renováveis" e que as solicitações partem de empresas de Espanha, Itália, China, Panamá, Brasil, México, Canadá, Rússia, França e Portugal.

A diretora explicou que em 2014 as ações se concentraram em obras de infraestrutura básica e em serviços públicos, como a ampliação de vias, ferrovias, abastecimento de água, eletricidade, entre outros.



Cuba aprovou em abril do ano passado uma nova lei de investimento estrangeiro pela qual espera a entrada de 2,5 bilhões de dólares ao ano, para poder garantir um crescimento da economia superior a 4,5%.

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