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Deputados dinamarqueses querem abordar charges de Maomé nas escolas

Cinco desenhistas do semanário satírico francês Charlie Hebdo, que reeditou as charges dinamarquesas e mais tarde publicou seus próprios desenhos de Maomé, perderam a vida em um ataque jihadista

Agência France-Presse
postado em 06/03/2015 14:40
Copenhaga - Dois partidos da oposição dinamarquesa pediram nesta sexta-feira às escolas que incluam em seus programas o tema das controversas charges do profeta Maomé, que provocaram violentos protestos em alguns países muçulmanos e atentados em Paris e Copenhague.

"A crise das charges, as mortes da Charlie Hebdo e seu último ataque terrorista em Copenhague em 14 de fevereiro são uma parte tão importante da história que deveriam ter um espaço permanente no currículo escolar", escreveu a porta-voz do Partido Popular dinamarquês (conservador), Mai Mercado, no jornal Jyllands-Posten.

Este jornal recebeu ameaças de morte depois de ter publicado 12 desenhos satíricos do profeta Maomé em 2005, que também provocaram protestos no mundo islâmico.

Cinco desenhistas do semanário satírico francês Charlie Hebdo, que reeditou as charges dinamarquesas e mais tarde publicou seus próprios desenhos de Maomé, perderam a vida em um ataque jihadista em sua redação de Paris em janeiro deste ano.

Mercado afirmou que os professores deveriam ser livres para escolher se mostram ou não os desenhos em sala de aula, mas o Partido do Povo Dinamarquês (populista) declarou que mostrar os desenhos deveria ser obrigatório nas escolas.

"Se você vive na Dinamarca, deveria ser capaz de tolerar que os desenhos sejam vistos", disse Alex Ahrendtsen, porta-voz do grupo, ao jornal Berlingske.



O chefe do Sindicato de Professores da Dinamarca, Anders Bondo Christensen, disse que cada professor deveria ser livre para decidir se fala ou não sobre os desenhos e a melhor forma de abordar o tema.

Enquanto o Partido Popular dinamarquês conta com 5,3% do apoio dos eleitores, segundo uma pesquisa publicada no domingo, o Partido do Povo Dinamarquês, com o apoio de 19,6% do eleitorado, é a terceira força da Dinamarca.

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