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Respeitada instituição sunita condena destruição de patrimônio iraquiano

A Unesco já denunciou "um crime de guerra", segundo um comunicado de sua diretora-geral Irina Bokova, que acionou o Conselho de Segurança das Nações Unidas e o Tribunal Penal Internacional.

Agência France-Presse
postado em 06/03/2015 17:08
Cairo - Al-Azhar, uma das instituições mais respeitadas do Islã sunita, condenou nesta sexta-feira a destruição pelo grupo jihadista Estado Islâmico da antiga cidade de Nimrud, no norte do Iraque, lançando um apelo para "erradicar" os extremistas.

"O que a organização terrorista Daesh (acrônimo de EI, em árabe) está fazendo ao destruir monumentos nos territórios que controla no Iraque, na Síria e na Líbia é um grande crime contra o mundo", lamentou a instituição.


Neste contexto, ela lançou um apelo para "erradicar" os jihadistas deste grupo e para "salvar as nações árabes e islâmicas da sua maldade", acrescentando que a destruição de monumentos é proibida pela sharia, a lei islâmica.

Após reduzirem a poeira os tesouros arqueológicos do museu de Mossul (norte) na semana passada e atearem fogo em sua biblioteca, homens do EI entraram na quinta-feira em Nimrud, joia arqueológica inestimável do norte do país, de acordo com o ministério do Turismo iraquiano.

A Unesco já denunciou "um crime de guerra", segundo um comunicado de sua diretora-geral Irina Bokova, que acionou o Conselho de Segurança das Nações Unidas e o Tribunal Penal Internacional.

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