Agência France-Presse
postado em 08/03/2015 19:20
Ao menos 10 mil pessoas ocuparam as ruas da cidade marroquina de Rabat neste domingo por ocasião do Dia Internacional da Mulher, para exigir especialmente a rápida aplicação da Constituição de 2011, que prevê um Estado que "busque a igualdade" de gênero.
[SAIBAMAIS]Atendendo à convocação do coletivo batizado de "Paridade e democracia", milhares de mulheres e homens - incluindo diversos dirigentes da oposição - caminharam com calma em direção ao Parlamento, gritando palavras de ordem contra o chefe de governo, Abdelilah Benkirane, constatou a AFP no local.
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"Com esta passeata vamos provar ao mundo que as mulheres marroquinas são militantes, que não hesitam em estar presente no terreno", declarou à AFP Amina Sabil, uma das organizadoras do protesto.
"Denunciamos o recuo registrado na área dos direitos da mulheres nos últimos anos", disse a presidente da Federação da Liga Democrática para os Direitos da Mulher, Fouzia Assouli, citada pela agência MAP.
Adotada no contexto da Primavera Árabe, a Constituição de 2011 consagra "a igualdade de direitos" e encoraja o Estado "a promover a paridade" por meio da criação de uma instância especial.