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Obama congela bens e proíbe autoridades da Venezuela de entrarem nos EUA

As sanções foram aplicadas a sete funcionários policiais, militares e judiciais vinculados "à repressão das manifestações", afirmou a Casa Branca

Agência France-Presse
postado em 09/03/2015 15:01
O presidente americano, Barack Obama, decretou novas sanções, incluindo o congelamento de bens e a restrição de vistos, contra sete autoridades venezuelanas, acusadas por ele de violações dos direitos humanos, informou nesta segunda-feira (9/3) a Casa Branca.

"Estamos profundamente preocupados pelos esforços do governo da Venezuela em intensificar a intimidação contra seus opositores", informou a Casa Branca ao divulgar o decreto.

As medidas estão dirigidas contra sete funcionários policiais, militares e judiciais vinculados, segundo Washington, à repressão das manifestações antigovernamentais que deixaram 43 mortos em 2014, e à repressão dos líderes opositores.

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A lista inclui o ex-diretor de operações da Guarda Nacional Bolivariana Antonio Benavides, o diretor do serviço de inteligência SEBIN Gustavo González, a promotora Katherine Haringhton e o diretor da Polícia Nacional Manuel Pérez, entre outros.

Os envolvidos terão seus ativos nos Estados Unidos bloqueados e não poderão entrar no país.

Em um passo que amplia sanções já impostas desde dezembro contra a Venezuela, Obama autorizou o departamento do Tesouro a tomar estas medidas também contra pessoas que "sejam funcionários ou ex-funcionários do governo da Venezuela".

Washington convocou o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a libertar os líderes políticos Leopoldo López, Daniel Ceballos e Antonio Ledezma, afirmando que "os problemas não se resolvem através da criminalização da dissidência".

Os Estados Unidos impuseram em dezembro, e depois em fevereiro, sanções similares contra funcionários venezuelanos, mas até agora não haviam publicado os nomes dos envolvidos.

Como resposta, Maduro anunciou em 28 de fevereiro a redução do número de diplomatas americanos de sua embaixada em Caracas, a instauração de vistos e a proibição de ingresso ao país de um grupo de líderes políticos e legisladores americanos.

Maduro acusa os Estados Unidos - principal comprador de petróleo venezuelano - de se envolver em supostas conspirações e planos golpistas contra seu governo.

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