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Apesar de crise por espionagem, Peru diz manter relação madura com o Chile

Em fevereiro, Lima chamou embaixador chileno para explicar supostas espionagens feitas por oficiais da Marinha, entre 2005 e 2012

Agência France-Presse
postado em 09/03/2015 17:21
O Peru considerou, nesta segunda-feira (9/3), que, apesar da crise com o Chile, a quem acusa de espionagem, os dois países mantêm uma relação madura, segundo seu chanceler.

"Entre os dois países, apesar da crise, há uma relação madura", disse o ministro das Relações Exteriores do Peru, Gonzalo Gutierrez, ao sair de uma sessão tranquila, sem acesso à imprensa, no Congresso.

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O diplomata disse não acreditar que haja represálias contra qualquer um dos cerca de 200 mil peruanos que vivem no Chile. "Eu quero pensar que podemos chegar a um consenso entre os dois países, no sentido de que a nossa relação é tão avançada que tais práticas (espionagem) já não se encaixam entre os dois países", afirmou.

Ele indicou que a forma como o problema será resolvido será vista mais tarde. "Não faremos pré-julgamentos nem colocaremos camisas de força, vamos ver como podemos levar este caso de uma forma séria, exigindo a explicação que merecemos", disse Gutierrez.

As relações entre Lima e Santiago deterioraram-se a partir de 20 de fevereiro, quando o Peru denunciou, em uma primeira nota de protesto, que três membros da Marinha peruana foram pagos para espionar para o Chile entre 2005 e 2012. Os três militares estão detidos.

Naquele dia, o Peru chamou seu embaixador para consultas em sinal de protesto. O Chile fez o mesmo e, em um comunicado dias depois, negou que seu governo tenha espionado o vizinho.

E no último sábado, o governo peruano retirou seu embaixador em Santiago, assegurando que o diplomata só voltará após receber explicações sobre o caso e com o compromisso de que esses atos não se repetirão.

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