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ONU adia decisão sobre suspensão do embargo de armas à Líbia

O pedido líbio para a suspensão do embargo se refere a dezenas de helicópteros, aviões de combate e tanques, e a milhares de fuzis de assalto para combater jihadistas

Agência France-Presse
postado em 09/03/2015 19:39
Sete dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU bloquearam um pedido do governo líbio para a suspensão do embargo de venda de armas ao país, o que permitiria um melhor combate aos grupos jihadistas, informaram diplomatas nesta segunda-feira (9/3).

O pedido líbio para a suspensão do embargo se refere a dezenas de helicópteros, aviões de combate e tanques, e a milhares de fuzis de assalto. A Líbia pretende adquirir este arsenal de Ucrânia, Sérvia e República Tcheca.

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O Conselho deu um prazo até as duas horas da tarde desta segunda-feira para tomar uma decisão, mas a Espanha pediu um adiamento a espera do resultado dos esforços de mediação do emissário da ONU, Bernardino Leon, que tenta convencer as facções líbias a formar um governo de união nacional.

O pedido espanhol foi apoiado por outros seis países - França, Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Nova Zelândia e Lituânia - e a decisão foi adiada, revelou um diplomata do Conselho.

Durante a reunião do Conselho no dia 5 de março, o embaixador líbio junto à ONU, Ibrahim Dabbashi, reafirmou o pedido, destacando que seu governo precisa de armas para vigiar as fronteiras e proteger os campos de petróleo.

Mas muitos países temem que as armas caiam nas mãos das várias milícias que existem na Líbia e antes de qualquer decisão esperam o resultado da proposta sobre um governo de unidade nacional.

A Líbia tem no momento dois governos e dois Parlamentos um ligado à Fajr Libya, que controla Trípoli, e outro reconhecido pela comunidade internacional, sediado em Tobruk.

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