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Departamento de Estado nega que EUA promovam instabilidade na Venezuela

Casa Branca anunciou na segunda-feira um pacote de sanções contra sete funcionários do governo venezuelano, na aplicação de uma lei aprovada pelo Congresso no ano passado

Agência France-Presse
postado em 10/03/2015 16:26
Washington - O governo dos Estados Unidos não promove a instabilidade na Venezuela, mas as sanções anunciadas na segunda-feira se propõem a "persuadir" Caracas a "mudar seu comportamento", assegurou nesta terça-feira uma porta-voz do Departamento de Estado.

"Apesar de declarações em sentido contrário de parte de funcionários venezuelanos, não estamos promovendo a instabilidade na Venezuela", disse a porta-voz, Jen Psaki, que qualificou de "falsa" a versão de que Washington se propõe a "socavar" o governo de Nicolás Maduro.

A Casa Branca anunciou na segunda-feira um pacote de sanções contra sete funcionários do governo venezuelano, na aplicação de uma lei aprovada pelo Congresso no ano passado.

[SAIBAMAIS]

Segundo Psaki, "o objetivo das sanções é persuadir o governo da Venezuela a que mude de comportamento", em meio a denúncias sobre violações dos direitos humanos e perseguição de opositores venezuelanos.

A porta-voz da chancelaria americana assegurou que as sanções anunciadas pela Casa Branca se restringem a "corruptos e pessoas que cometeram abusos dos direitos humanos", mas não se propõem a afetar "a economia da Venezuela. Há razões específicas porque estas pessoas foram sancionadas", disse.

O texto da declaração, assinada pelo presidente Barack Obama, elevou consideravelmente o tom nas tensões entre Washington e Caracas.

Neste texto, Obama definiu a situação na Venezuela como "uma ameaça extraordinária e incomum à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos" e declarou "uma emergência nacional" para enfrentá-la.

Mas Psaki afirmou que a questão foi anunciada mediante uma declaração de "emergência nacional" porque se trata de uma denominação exigida pela burocracia. "É importante que todos entendam que esta é a forma em que descrevemos o processo para aplicar sanções", disse.



As sanções afetam o ex-diretor de operações da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio Benavides, o diretor do serviço de inteligência SEBIN, Gustavo González, a promotora Katherine Haringhton, e o diretor da Polícia Nacional, Manuel Pérez, entre outros.

Os apontados terão bloqueados seus ativos nos Estados Unidos e não poderão entrar neste país. O governo da Venezuela chamou a consultas seu encarregado de negócios em Washington, Maximilien Arveláiz.

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