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Estado Islâmico posta vídeo em que menino executa 'espião' árabe-israelense

Um porta-voz do serviço de segurança israelense afirmou que o jovem havia partido para a Turquia, e depois para a Síria, e que, segundo as informações israelenses, ele teria se juntado ao Estado Islâmico

Agência France-Presse
postado em 10/03/2015 19:00
Um porta-voz do serviço de segurança israelense afirmou que o jovem havia partido para a Turquia, e depois para a Síria, e que, segundo as informações israelenses, ele teria se juntado ao Estado Islâmico

Beirute
- O grupo Estado Islâmico (EI) postou nesta terça-feira um vídeo no qual diz mostrar a execução de um árabe-israelense acusado de espionar para o serviço secreto de Israel, o Mossad, morto com um tiro disparado por um menino.

No vídeo de mais de 10 minutos, é possível ver um homem se apresentar como Muhammad Said Ismail Musallam, vestido com um uniforme laranja, que mostra seu passaporte israelense. Em seguida, ele é morto com um tiro na cabeça por um menino de no máximo 12 anos.

No vídeo, o menino grita "Alá é grande", antes de disparar contra a cabeça da vítima, que recebe outros quatro tiros já caído no chão.

Após a execução, um jihadista, falando em francês, ameaça atacar israelenses, após se referir ao recente ataque contra judeus na França, e conquistar Jerusalém. O vídeo continua com uma lista de nomes acompanhados por fotos de homens apresentados como espiões de Israel.

Em fevereiro, o pai de Muhammad Said Ismail Musallam negou o envolvimento do filho com o Mossad, após a publicação na Dabiq, a revista em inglês do EI, de um artigo apresentado como a entrevista de um jovem de 19 anos enviado à Síria pela agência de inteligência israelense. Segundo a revista, Muhammad foi recrutado em Neve Yaakov por um vizinho judeu.

"Meu filho é inocente. O ISIS (Estado Islâmico) o acusa porque ele tentou fugir", declarou à AFP, sem contestar o fato de o filho ter interrompido seu serviço civil israelense para partir e se juntar aos jihadistas na Síria.



O pai informou que em seu último contato Muhammad estava em Raqa, capital autoproclamada do "califado" jihadista no norte da Síria.

Um porta-voz do Shin Beth, o serviço de segurança israelense, afirmou na ocasião que o jovem havia partido em 24 de outubro para a Turquia, e depois para a Síria, e que, segundo as informações israelenses, ele teria se juntado ao EI. "Mas por sua própria iniciativa e sem o conhecimento de seus pais", segundo o porta-voz.

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