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Parentes não conseguem visitar 120 manifestantes detidos em Mianmar

Eles participavam de uma passeata de estudantes para protestar contra uma reforma educativa considerada antidemocrática

postado em 11/03/2015 16:35
Os familiares dos mais de 120 manifestantes detidos na terça-feira em Mianmar não conseguiram vê-los nesta quarta-feira, um dia depois de uma forte repressão policial que recordou as horas mais sombrias da junta militar que controlou o país durante mais de duas décadas.

Os pais dos presos se reuniram na prisídio da região de Letpadan, onde supostamente seus filhos se encontram presos, mas não tiveram acesso a eles.

Mais de 120 manifestantes detidos e dispersados violentamente participavam em uma passeata de estudantes para protestar contra uma reforma educativa considerada antidemocrática.

Os Estados Unidos condenaram a repressão, dizendo estar "profundamente preocupados com as informações sobre o uso da violência pela polícia contra os manifestantes", segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki.

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[SAIBAMAIS]O ministério da Informação citou 127 detenções na manifestação em Letpadan, no centro do país, e cuja repressão lembra os dias negros da junta militar. "Alguns ficaram feridos durante a repressão e foram levados ao hospital", declarou a polícia, que indicou que 16 policiais também se feriram.

Jornalistas da AFP presenciaram o momento em que a polícia reprimiu os estudantes a pauladas e os colocava em caminhões.

A ONG Human Rights Watch denunciou um "uso excessivo da força" e "um retorno aos piores dias de Mianmar", em referência à época da junta militar, que não tolerava protestos.

O porta voz do governo, Ye Htut, justificou a ação da polícia "porque os manifestantes os atacaram rompendo as barreiras" que os impediam de avançar.

Os estudantes exigem a descentralização do sistema educativo, a possibilidade de criar sindicatos e a educação nas várias línguas das minorias do país.

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