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Brasil e Rússia se negam a apoiar pacote de ajuda do FMI à Ucrânia

Em 2013, o Brasil gerou controvérsia ao se abster de votar um novo pacote para a Grécia. Na ocasião, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, protestou diretamente às autoridades brasileiras.

Agência France-Presse
postado em 13/03/2015 17:36
Washington - Os representantes de Rússia e Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI) se negaram nesta semana a apoiar um pacote de ajuda dessa instituição à Ucrânia por 17,5 bilhões de dólares.

Demonstrando as divergências internas, os representantes desses dois países já se abstiveram de votar na quarta-feira no Conselho Executivo, negando explicitamente seu apoio ao pacote de ajuda de 40 bilhões de dólares do FMI à Ucrânia, informaram fontes que pediram para ter sua identidade preservada.

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O plano foi aprovado nessa reunião do conselho, cujas deliberações são secretas.Um total de 5 bilhões de dólares foi liberado imediatamente ao governo da Ucrânia, país duramente abalado pelo conflito com tropas pró-russas no leste do país.

Nem o representante russo, Alexei Mozhin, nem o do Brasil, Paulo Nogueira Batista, responderam até agora aos pedidos de contato da AFP, e o próprio FMI preferiu não emitir comentários.


O conselho, que representa os 188 países-membros do Fundo, é um dos principais órgãos do FMI e toma decisões cruciais sobre ajudas a países em dificuldades.

Na maioria dos casos, essas decisões são tomadas por consenso, e as votações costumam ser apenas uma formalidade. Por isso, a abstenção de dois dos membros é considerado um raro sinal de discórdia.

"Abstenção, na linguagem do FMI, é realmente uma forma de votar contra", disse um ex-integrante desse conselho, Domenico Lombardi.

"É muito raro, e é politicamente importante porque estamos falando de dois importantes integrantes", disse.

Em 2013, o Brasil gerou controvérsia ao se abster de votar um novo pacote para a Grécia. Na ocasião, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, protestou diretamente às autoridades brasileiras.

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