Agência France-Presse
postado em 14/03/2015 16:52
O presidente do Equador, Rafael Correa, comemorou neste sábado a decisão da promotoria sueca de destravar o caso do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, ao aceitar interrogá-lo na embaixada equatoriana de Londres, onde se encontra refugiado há mil dias. Correa afirmou que seu governo dará todas as facilidades para que a justiça sueca tome o depoimento de Assange na investigação sobre delitos sexuais que ele nega."Mil dias depois, nos dão razão", afirmou o presidente em seu programa semanal de rádio e televisão. A promotoria da Suécia anunciou na sexta-feira uma proposta para interrogar Assange na embaixada do Equador em Londres, uma oferta que o australiano aceitou, segundo o advogado.
[SAIBAMAIS]O anúncio representa uma mudança de atitude da justiça sueca, que até o momento era contrária às demandas de Assange de prestar depoimento em Londres e exigia um interrogatório na Suécia. O advogado de Assange, Pers Samuelsson, disse à AFP que o cliente aceita ser interrogado por magistrados suecos na embaixada do Equador em Londres.
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Desde junho de 2012, Assange está refugiado na embaixada do Equador da capital britânica para evitar a ordem de prisão europeia que a Grã-Bretanha deseja cumprir caso deixe a representação diplomática. A polícia inglesa vigia o prédio 24 horas por dia.
A justiça sueca investiga duas acusações de estupro apresentadas por duas suecas contra Assange, de 43 anos, que nega categoricamente. Assange teme que a Suécia o extradite aos Estados Unidos por seu papel na divulgação de 250.000 telegramas diplomáticos americanos e 500.000 notas militares secretas pelo WikiLeaks.