Agência France-Presse
postado em 15/03/2015 15:02
O congresso da opositora União Cívica Radical (UCR, social-democrata) aprovou neste domingo integrar a aliança de direita do prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, que pretende enfrentar o partido da presidente Cristina Kirchner nas eleições gerais de 25 de outubro. A decisão foi aprovada por 186 votos contra 130 na convenção nacional do radicalismo, a segunda principal força legislativa e política da Argentina, atrás do governante peronismo. [SAIBAMAIS]"O PRO (Proposta Republicana, de Macri) e a Coalizão Cívica (CC, da deputada Elisa Carrió) são os dois partidos com mais competitividade eleitoral e combatemos o kirchnerismo durante 12 anos", disse o senador Ernesto Sanz, de 58 anos, líder da UCR e pré-candidato à presidência, ao justificar a aliança. Macri e Sanz disputarão primárias no dia 9 de agosto e o mais votado da coalizão PRO-UCR-CC será o candidato a presidente que enfrentará o kirchnerismo, que governa o país há 12 anos.
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Kirchner, 62 anos, completa em dezembro o segundo e último mandato, sem possibilidade de reeleição. Ela ainda não designou um sucessor e também não revelou qual será sua postura nas primárias nacionais e obrigatórias. No congresso dos radicais o grande derrotado foi o deputado Ricardo Alfonsín, filho do falecido Raúl Alfonsín, ex-presidente que governou a transição democrática entre 1983-89 após o fim da ditadura (1976-1983).
"Sanz se dedicou a destruir o que havíamos construído entre os radicais na Frente Ampla Unen", disse Alfonsín, que desejava manter a UCR dentro da FAUNEN com o Partido Socialista e outras forças de centro-esquerda. Sanz é senador pela província de Mendoza (oeste), um rico distrito agrícola, industrial, turístico e petroleiro.