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Dez dias após sumiço repentino, Putin reaparece e rejeita boatos

A ausência de Putin levou a todo tipo de rumores, alguns falando que estaria morto e outros, acometido por uma grave doença

Agência France-Presse
postado em 16/03/2015 19:47
O presidente russo, Vladimir Putin, voltou a aparecer em público nesta segunda-feira (16), após uma ausência inesperada por dez dias. Putin aproveitou para ironizar os "rumores" que circularam sobre seus paradeiro e estado de saúde.

"Ficaríamos preocupados se não houvesse boatos", disse Putin, junto ao presidente quirguiz, Almazbek Atambayev, no início de uma reunião no palácio de Konstantinov, nos arredores de São Petersburgo.

Aos 62 anos, Putin parecia um pouco mais pálido que de costume, mas entrou normalmente na sala de reunião, antes de saudar Atambayev.

O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, também respondeu com ironia após ser questionado, na semana passada, sobre os rumores relativos ao presidente.

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"Vocês viram um presidente paralisado, sequestrado por generais, chegado em avião da Suíça onde ele foi pai?", perguntou Peskov, sarcástico. "Não queremos falar mais sobre isto, tudo está bem", acrescentou.

A ausência de Putin levou a todo tipo de rumores, alguns falando que estaria morto e outros, acometido por uma grave doença. Não faltaram menções aos rumores de golpe de estado. Já os mais otimistas justificavam a ausência de Putin dizendo que ele havia sido pai pela terceira vez ou que participava em um campeonato de judô, na Coréia do Norte.

De qualquer forma, o "desaparecimento" poucos dias antes da celebração do primeiro aniversário da anexação da Crimeia colocou em evidência o fascínio que Vladimir Putin, onipresente na televisão, exerce nos meios de comunicação, tanto na Rússia como no Ocidente.

O presidente russo não aparecia em público desde o último dia 5 de março, quando participou em uma coletiva de imprensa, na companhia do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.

Na semana passada, Putin cancelou uma série de compromissos, entre os quais uma viagem a Cazaquistão, durante a qual teria uma reunião trilateral com os presidentes cazaque e bielo-russo.

O presidente também anulou sua assinatura em um acordo de cooperação com a Ossétia do Sul, região separatista na Geórgia cuja maioria da população é pró-russa.

A "hashtag" #Putinumer (#PutinMorreu) se converteu em um dos assuntos mais comentados ("trending topics") no Twitter.

Na véspera do dia em que sumiu, Putin fez suas últimas declarações na televisão, durante programa sobre o retorno da Criméia ao território da Rússia.

Na reportagem "Criméia. A volta para casa", Putin afirmou que a Rússia interveio para "evitar um derramamento de sangue". Ele admitiu, ainda, que "em caso de uma intervenção militar ocidental, teria colocado as forças nucleares em estado de alerta".

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