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ONU e governo do Sudão discutem retirada gradual da missão de paz

"Iniciamos hoje, em Cartum, um grupo de trabalho com o governo sudanês para examinar as condições, nas quais a Unamid pode se retirar gradualmente", disse à imprensa o chefe de operações de paz do órgão internacional, Hervé Ladsous.

Agência France-Presse
postado em 17/03/2015 17:40
Nova York - A ONU e o governo sudanês iniciaram discussões, nesta terça-feira, em Cartum, para preparar uma retirada gradual e ordenada das tropas de paz que participam das forças conjuntas das Nações Unidas e da União Africana em Darfur (Unamid, na sigla em inglês).

"Iniciamos hoje, em Cartum, um grupo de trabalho com o governo sudanês para examinar as condições, nas quais a Unamid pode se retirar gradualmente", disse à imprensa o chefe de operações de paz da ONU, Hervé Ladsous.


Ladsous insistiu no fato de que se deve executar "um processo extremamente dominado por critérios que estabelecemos com nossos sócios da UA (União Africana) e no diálogo com o governo do Sudão".

"Contamos com a cooperação do governo sudanês para que possamos pôr este plano de retirada em prática, de uma maneira sensata e razoável", completou.

O grupo de trabalho deve relatar suas conclusões até o final de abril, disse o embaixador francês, François Delattre, que preside o Conselho durante março. Segundo Ladsous, o relatório será apresentado ao Conselho de Segurança da ONU e à União Africana no fim de maio.

A missão já havia anunciado a redução de 770 vagas de civis.

Estacionada nesse país desde 2007 e composta de cerca de 15 mil policiais e militares, além de quatro mil civis, a Unamid é uma das mais importantes forças-tarefas de manutenção da paz no mundo.

A guerra civil no Sudão do Sul explodiu em 15 de dezembro de 2013. Em um primeiro momento, o confronto se deu entre uma facção do Exército fiel ao presidente Salva Kiir Mayardit e outra leal ao ex-vice-presidente e líder dos rebeldes, Riek Machar. Desde então, cerca de 20 grupos armados, ou milícias, somaram-se ao conflito, marcado por atrocidades de caráter étnico.

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