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Ex-militar americano acusado de ajudar o Estado Islâmico se diz inocente

Tairod Pugh, de 47 anos e detido no dia 16 de janeiro no estado vizinho de Nova Jersey (leste dos Estados Unidos), foi apresentado pela manhã nos tribunais do Brooklyn

Agência France-Presse
postado em 18/03/2015 14:01
New York - Um cidadão americano ex-membro da Força Aérea e acusado de tentar fornecer material de apoio à organização Estado Islâmico (EI) se declarou inocente nesta quarta-feira ante um juiz federal de Nova York.

Tairod Pugh, de 47 anos e detido no dia 16 de janeiro no estado vizinho de Nova Jersey (leste dos Estados Unidos), foi apresentado pela manhã nos tribunais do Brooklyn, onde o magistrado Nicholas Garaufis leu as duas acusações apresentadas contra ele e que podem levá-lo a cumprir até 35 anos de prisão, constatou.

[SAIBAMAIS]

O julgamento de Pugh começará em julho, disse o juiz, que convocou uma próxima audiência para o dia 8 de maio.Segundo o Ministério Público, o acusado tentou se somar ao grupo EI no início do ano viajando do Egito à Turquia com a ideia de entrar na Síria, mas as autoridades turcas negaram sua entrada e o enviaram de volta.

Pouco depois, as autoridades egípcias o deportaram aos Estados Unidos, onde foi detido e o material vinculado à acusação contra ele, como um computador com 180 vídeos jihadistas e informação sobre os postos fronteiriços entre Turquia e Síria, foi apreendido.



Pugh, que se converteu ao Islã em 1998, trabalhou como especialista em sistemas de instrumentos de aviação na Força Aérea americana e depois trabalhou em diversas companhias em seu país e no Oriente Médio. Viveu um ano no exterior antes de ser preso.

A detenção de Pugh é a quarta nas últimas semanas em Nova York vinculada ao EI.No dia 25 de fevereiro três homens residentes em Nova York foram presos ao ser acusados de apoiar o EI e dois deles de querer se unir aos jihadistas na Síria.

Os três indivíduos, Abdurasul Hasanovich Juraboev (24 anos) e Abror Habibov (30), provenientes do Uzbequistão, e Akhror Saidakhmetov (19), do Cazaquistão, se declararam inocentes na sexta-feira passada.

O governo americano estimou recentemente em 20.000 o número de combatentes que viajaram à Síria procedentes de 90 países. Ao menos 3.400 deles seriam cidadãos de nações ocidentais.

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