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Canadá quer estender missão militar no Iraque de combate ao Estado Islâmico

Atualmente, tramita no Parlamento um projeto de lei antiterrorista

postado em 18/03/2015 19:14
O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, anunciou hoje (18/3) que na próxima semana o governo deve enviar ao Parlamento uma proposta para estender e expandir a missão militar canadense no Iraque. Os canadenses integraram a coalizão que combate o grupo extremista Estado Islâmico, em outubro do ano passado, para uma atuação de seis meses, prazo que termina no fim de março.

Atualmente, o Canadá participa da missão com aeronaves para vigilância e combate aéreos, bem como treinamento de tropas no Iraque. Cerca de 600 militares das Forças Armadas canadenses foram destacados para a operação, que não inclui combate em terra nem atuação na Síria. Stephen Harper não especificou como a missão será expandida, nem por quanto tempo o governo pretende estendê-la.

;É intenção do governo apresentar, na próxima semana, uma proposta ao Parlamento pela extensão e expansão da missão. E obviamente, eu darei mais detalhes a respeito quando fizer esse requerimento;, disse durante uma coletiva de imprensa, em Mississauga, na região da Grande Toronto.

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Além da participação do Canadá no combate aos grupos jihadistas no Iraque, os canadenses se debruçam sobre o projeto de lei antiterrorista em tramitação no Parlamento federal. O projeto prevê o aumento dos poderes do Serviço Canadense de Inteligência e Segurança e das forças policiais com o objetivo de detectar ameaças terroristas dentro do país. A proposta em análise pelos parlamentares, se aprovada, permitirá às agências de segurança federais ter acesso a informações, inclusive confidenciais, e deter suspeitos de terrorismo e impedi-los de viajar. A apologia e a propaganda terrorista passam a ser crimes.

Apesar de o governo garantir que a medida deverá proteger, de forma mais efetiva, os cidadãos do país, no sábado (14/3) a desconfiança de que a proposta venha a restringir direitos e garantias individuais dos canadenses levou a população a fazer manifestações nas principais cidades do Canadá, como Montreal, Toronto, Vancouver e na capital, Ottawa.

Ontem, representantes do governo da província de Québec enviaram uma carta ao governo federal, expressando inquietações em relação ao projeto de lei.

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