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Farc pedem intervenção do governo para encerrar ataques do exército

Segundo os guerrilheiros, o exército do governo não tem respeitado a trégua unilateral que começou em dezembro

A guerrilha das Farc pediu nesta quinta-feira (19/3) ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que intervenha para salvar a trégua unilateral e indefinida que o grupo decretou em dezembro e que está se enfraquecendo pelos constantes ataques do exército.

"Queremos pedir ao presidente Santos que faça algo para salvar a trégua unilateral e indefinida que as Farc declararam ao país. Parem já estas operações contra as forças guerrilheiras", declarou à imprensa o chefe negociador da guerrilha, Iván Márquez, ao iniciar um novo dia de negociações com o governo.

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Márquez destacou que o grupo insurgente encara "com muita preocupação a forma como progressivamente estas atuações de ataques (do exército) às estruturas guerrilheiras foram enfraquecendo uma determinação das Farc, a de manter um cessar-fogo unilateral de maneira indefinida".

A delegação do governo, presidida por Humberto de la Calle, não deu declarações à imprensa ao chegar nesta quinta-feira ao Palácio das Convenções, sede dos diálogos de paz que começaram em novembro de 2012.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) declararam desde 20 de dezembro uma trégua unilateral e indefinida, embora condicionada a que as estruturas guerrilheiras não sejam atacadas pelo Exército.

Santos, que se negou a um cessar-fogo bilateral por considerar que poderia favorecer a guerrilha, anunciou na semana passada a suspensão dos bombardeios durante um mês, em uma aposta pela desescalada do conflito.