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EUA: ainda é cedo para avaliar impacto da reaproximação com Cuba

Novas regulações comerciais foram implementadas em janeiro, mas embargo econômico, instalado em 1962, permanece

O secretário do Tesouro americano Jacob Lew disse nesta sexta-feira (20/3) que ainda é muito cedo para avaliar o impacto das medidas que flexibilizaram algumas das sanções impostas pelo norte-americano contra Cuba.

"Estamos implementando (as medidas), são muito recentes e é um pouco cedo para dizer quais têm sido seus impactos", disse Lew, durante um evento no Miami Dade College dessa cidade da Flórida (sudeste dos EUA), que visitou para promover os planos comerciais do governo do presidente Barack Obama.

Em meio à histórica tentativa de retomada das relações diplomáticas com Cuba anunciada em dezembro do ano passado, o governo americano emitiu novas regulações em janeiro para facilitar o comércio, sobretudo em matéria de telecomunicações, e o envio de remessas e viagens de americanos à ilha.

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Mas Lew recordou que ainda há leis vigentes que limitam a relação comercial que podem ser eliminadas, referindo-se ao embargo econômico que rege desde 1962 e que restringe quase todo o intercâmbio. A medida só pode ser anulada pelo Congresso americano.

"Não temos relações comerciais normais com Cuba e para isso é preciso uma mudança das leis. Não acho isso provável em um futuro próximo", disse o secretário do Tesouro.

O governo, contudo, acredita que as medidas aumentam a pressão sobre Cuba para que a ilha promova mudanças.

Na semana passada, Washington e Havana realizaram a terceira reunião de alto nível dentro de seus esforços por reabrir suas embaixadas e restabelecer as relações diplomáticas, rompidas por mais de meio século.