O engenheiro Worood Hussein, 24 anos, vive próximo a uma igreja católica no bairro de Al-Doura, em Bagdá. Nos últimos meses, ele viu vários templos serem fechados. Muitos de seus amigos cristãos migraram para os Estados Unidos por temerem o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico (EI). ;Em qualquer lugar sob controle do grupo, há 100% de repressão. Os islamitas do EI matam qualquer cristão, roubam seus bens e escravizam suas mulheres. Se a Al-Qaeda os forçava a se unir à rede terrorista, o Estado Islâmico prefere matá-los;, afirmou ao Correio, por meio da internet.
Em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque e importante polo petrolífero, as bandeiras pretas da facção tremulam sobre a cúpula da Igreja de São Jorge. Imagens sacras foram retiradas do altar e abandonadas no chão, do lado de fora do prédio; pinturas de crucifixos e de santos acabaram destruídas com a ajuda de marretas. As comunidades cristãs também sofrem perseguição na Síria e na Líbia, onde 45 mil egípcios coptas fugiram após a decapitação de 21 cristãos pelos militantes islâmicos.
;Os assírios, os caldeus e os siríacos do Iraque, que são cristãos, têm enfrentado perseguição desde a invasão a Mossul, no ano passado. A maioria deles está desabrigada, doente ou teve que sepultar familiares. Mas eles estão perdendo a esperança de retornar aos seus lares caso não haja uma intervenção internacional imediata;, explicou à reportagem Diana Yaqco, representante na Austrália da organização não governamental A Demand for Action (Uma demanda por ação, em tradução livre), que trabalha com grupos minoritários no Iraque e na Síria.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.