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Bombardeios rebeldes na cidade síria de Aleppo deixam 12 mortos

Segundo um canal de televisão estatal, há crianças entre os mais de 320 feridos no ataque

Agência France-Presse
postado em 23/03/2015 10:54
Damasco, Síria - Pelo menos 12 pessoas foram mortas e 30 ficaram feridas nesta segunda-feira (23/3) em bombardeios rebeldes contra áreas controladas pelas forças do governo em Aleppo, a segunda cidade da Síria, informou a televisão estatal. O canal informou que algumas crianças estão entre os feridos, vítimas de "projeteis disparados por terroristas na cidade de Aleppo".



O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) evocou um balanço de 13 mortos e 33 feridos, acrescentando que o número deve aumentar devido à gravidade dos ferimentos de algumas vítimas. De acordo com o OSDH, os morteiros atingiram vários bairros da área oeste de Aleppo, controlada pelo governo. No dia anterior, pelo menos quatro pessoas foram mortas em ataques semelhantes.

Ex-potência econômica da Síria, Aleppo, devastada pela violência, está dividida entre um setor ocidental controlado pelo regime e uma área controlada pelos rebeldes. O regime tem lançado regularmente barris de explosivos nas regiões rebeldes, resultando em milhares de mortes de civis.

Os ataques rebeldes ocorrem num momento em que a Human Rights Watch (HRW) critica os ataques "cegos" dos combatentes da oposição contra áreas controladas pelo governo. "Estamos assistindo a uma verdadeira corrida ao abismo, com os rebeldes que se equiparam em crueldade com as forças governamentais" denunciou Nadim Houzy, vice-diretor para o Oriente Médio da HRW.

Mais de 215.000 pessoas foram mortas na Síria desde o levante popular iniciado em março de 2011, que se transformou em guerra civil em razão da repressão do regime. O conflito tornou-se mais complexo com a ascensão de jihadistas islâmicos, como os do grupo Estado Islâmico (EI).

O EI reivindicou no sábado (21/3) um duplo ataque a bomba que atingiu sexta-feira (20/3) à noite uma festa curda em Hassaka.

Nesta segunda-feira, o Observatório, com sede na Grã-Bretanha, mas que conta com uma rede de fontes na Síria, disse que o balanço subiu de 45 a 54 pessoas, incluindo 20 crianças.

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