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Parlamento do Sudão do Sul prolonga mandato do presidente até 2018

Decisão pode intensificar conflitos entre o governo e beligerantes

Agência France-Presse
postado em 24/03/2015 14:00
Juba - O Parlamento do Sudão do Sul, mergulhado desde dezembro de 2013 numa guerra civil, prolongou nesta terça-feira (24/3) até 2018 o mandato do presidente Salva Kiir e de seus deputados, anunciou à AFP um porta-voz da Câmara Baixa, Thomas Wani Kundu.

De acordo com a constituição do jovem país, independente desde 9 de julho de 2011, eleições parlamentares e presidenciais devem ser realizadas antes de 9 de julho de 2015.

Em fevereiro, o Conselho de ministros do Sudão do Sul já havia proposto uma extensão da legislatura e do mandato de Kiir até 2017. Mas nesta terça-feira, o Parlamento foi mais longe, prevendo a permanência do chefe de Estado até meados de 2018.

"O mandato foi prorrogado por 36 meses", afirmou o porta-voz.

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Esta medida pode ser percebida como contra-produtiva pelos mediadores do conflito sul-sudanês, que tentam há meses alcançar um acordo de paz entre os beligerantes, o presidente Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar.

O conflito do Sudão do Sul começou em dezembro de 2013 no exército sul-sudanês, provocado por antagonismos políticos e étnicos alimentados pela rivalidade entre Kiir e Machar.

Milícias armadas e grupos tribais - mais ou menos controláveis %u200B%u200B- se juntaram desde então a um ou outro lado.

A comunidade internacional - os países da região do leste africano, mas também os Estados Unidos, os europeus e a ONU - tentam mediar há mais de um ano o conflito sem sucesso.

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