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Dois bebês e 16 adolescentes estão entre vítimas de acidente aéreo

Avião de companhia alemã caiu nesta manhã e não deixou sobreviventes.

Agência France-Presse
postado em 24/03/2015 15:45

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Seyne - Entre os passageiros do avião que caiu na manhã de hoje (24/3) nos alpes franceses estavam dois bebês e 16 adolescentes alemães que fariam um intercâmbio escolar, segundo a companhia alemã Germanwings. Nenhum dos 150 tripulantes sobreviveu à queda. A caixa-preta do Airbus 320 já foi encontrada.

O A320 da Germanwings, filial da Lufthansa, voava entre Barcelona e Dusseldorf quando caiu no maciço de Estrop, cerca de 1.500 metros acima do nível do mar.

"Até este momento, não há sinais de que alguém tenha sobrevivido ao acidente", declarou nesta terça-feira à tarde em Seyne-les-Alpes o general David Galtier, da gendarmeria regional.

"Imagem insuportável nesta paisagem de montanha. Não resta nada a não ser destroços e corpos", tuítou o deputado francês Christophe Castaner, que sobrevoou o local da queda de helicóptero. "É terrível. O avião está totalmente destruído", acrescentou.

A catástrofe aérea, uma das piores na França, fez vítimas "espanholas, alemãs e, sem dúvida, turcas, segundo anunciou o presidente francês, François Hollande. O ministro belga das Relações Exteriores, Didier Reynders, evocou ao menos uma vítima belga.

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A chanceler alemã Angela Merkel e o chefe de Governo espanhol Mariano Rajoy anunciaram que viajarão na quarta-feira ao local do acidente, onde vão se reunir com Hollande.

A aeronave caiu em uma área coberta de neve, de difícil acesso, em uma cadeia de montanhas que se eleva a mais de 2.000 metros de altitude. Destroços da aeronave foram vistos em uma área de vários quilômetros quadrados.

As primeiras imagens do local mostram grandes pedaços da cabine com vigas visíveis, mas também partes bem pequenas, que sugerem que a aeronave se desintegrou ao se chocar com o chão.

"Neste estágio, nenhuma hipótese pode ser descartada para explicar o acidente", declarou na Assembleia Nacional o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, enquanto uma investigação judicial foi aberta pelo Escritório de Investigação e Análise (BEA).

Neste sentido, a Lufthansa garantiu se "tratar de um acidente, e qualquer outra coisa seria especulação".

De todas as formas, as investigações devem avançar rapidamente já que "uma caixa-preta da aeronave foi encontrada e será encaminhada para os serviços competentes", segundo o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve.

EUA e Rússia oferecem ajuda
As autoridades francesas devem iniciar rapidamente o processo de recuperação dos corpos, uma operação que poderá durar muito tempo, devido ao difícil acesso ao local.

"Uma das dificuldades que temos é o acesso ao local do desastre, particularmente hostil, (que estará) em breve sob a neve e chuva", indicou o general Galtier. "É um lugar muito inacessível que só pode ser alcançado de helicóptero ou a pé", explicou.

A Direção de Aviação Civil francesa (DGAC), sem contato com a tripulação da aeronave e nenhum sinal de radar, declarou o voo em perigo às 9h30 GMT (6h30 no horário de Brasília), perto da pequena cidade de Barcelonnette.

A tripulação do avião não chegou a emitir um sinal de emergência, segundo a DGCA.

A queda do avião durou cerca de oito minutos, segundo a Germanwings, que indicou que "o piloto tinha mais de dez anos de experiência e 6.000 horas de voos, e o avião havia passado por uma revisão completa em 2013".

De acordo com o ministro francês dos Transportes, Alain Vidal, "as condições meteorológicas não eram particularmente ruins" no momento do acidente e a aeronave não era velha.

Uma capela foi instalada em Seyne, comuna vizinha do local do desastre. Trezentos bombeiros e trezentos gendarmes foram mobilizados, assim como dez helicópteros e aeronaves militares.

Os Estados Unidos e a Rússia ofereceram ajuda à França para as operações de recuperação dos corpos.

Este desastre é o primeiro na França desde a queda de um Concorde da Air France, que causou 113 mortes (100 passageiros, 9 membros da tripulação e quatro mortos no chão) em 25 de julho de 2000, pouco depois de sua decolagem do aeroporto Roissy-Charles de Gaulle.

Também é o mais grave no país em mais de 30 anos, após a queda de um DC-9 da empresa iugoslava Inex Adria em uma montanha da Córsega (180 mortes).

O pior desastre aéreo na França aconteceu em 3 de março de 1974, quando um DC-10 da Turkish Airlines caiu ao norte de Paris, causando 346 mortes.

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